Coment谩rios sobre: Contra a integridade //28ers.com/2006/02/28/contra-a-integridade/ Sun, 29 Jan 2023 13:40:22 +0000 hourly 1 Coment谩rios sobre: Contra a integridade //28ers.com/2006/02/28/contra-a-integridade/#comment-11622 Sun, 29 Jan 2023 13:40:22 +0000 //28ers.com/?p=328#comment-11622 Nice bllog thanks for posting

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Coment谩rios sobre: Contra a integridade //28ers.com/2006/02/28/contra-a-integridade/#comment-10157 Mon, 10 Aug 2020 17:30:05 +0000 //28ers.com/?p=328#comment-10157 […] de Rem Koolhaas e a maioria dos seus seguidores, como MRVDV. Veja-se ainda o texto: KAPP. Silke. Contra a integridade. MDC â€?Revista de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, n.2, p.8-10. […]

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Coment谩rios sobre: Contra a integridade //28ers.com/2006/02/28/contra-a-integridade/#comment-485 Fri, 03 Jul 2009 00:31:00 +0000 //28ers.com/?p=328#comment-485 Profª Silke,

Agradeço sua resposta e digo que é um privilégio ler seu texto e verificar o poder de seus argumentos.

Eu não proponho que o arquiteto seja ora arquiteto ora cidadão (ainda que esta seja uma idéia superficial que se possa deduzir de minhas palavras).
Refiro-me a isto, diferentemente, até mesmo apontando a condição de inexistência da cidadania (o que há acerca dela, não ultrapassa o teor do mero slogan).
E, com ela �inexistência -, aponto a impossibilidade de transformar um quadro, agora sim, disciplinar e profissional, que, evidentemente, marca as possibilidades de ação dum “arquiteto-cidadão�
Com isto, descarto a ‘necessidade�de, para se ser cidadão, se ser também ‘especialista� Esta é a questão.
E, mais, até aponto, aqui, a impossibilidade de se ser cidadão quando se é também especialista.

O verdadeiro exercício de cidadania, cobra do especialista que deixe suas ‘ferramentas�em casa, para dirigir-se à praça pública de ‘mãos limpas�(sem ‘armas�. Para o debate que é político e não ‘instrumentado�por ‘especialidades�
(O papel do especialista é como o de um ‘escravo� como ele não aceita esta condição e encontra certa possibilidade de não aceitá-la, temos a impossibilidade da democracia �se ela existisse �poder contar com o especialista; por esta via, mas não só por ela)

Porque, para se ser cidadão é desnecessário ser arquiteto; ou, para dizer de outro modo, em nada se acrescenta a ‘dimensão do arquiteto�para o exercício da política.

De outro modo (e por outro lado), exemplo: seu discurso (a apresentação de seus argumentos) como arquiteta, passando pelos aspectos próprios da arquitetura – o que lhe coloca na condição de arquiteta (e professora, quando também entra em questão o próprio deste ‘outro universoâ€? â€?terá lugar e repercussão delimitados, por conta da condição disciplinar e profissional que lhe serve de ‘tribunaâ€?â€?o que não é limitação sua, mas da ‘complexidade da sociedadeâ€?em que vivemos.

Acrescento, com isto, que minha exposição então, não é ‘ideológica� mas “técnica�(disciplinar); e não afirmo, com isto, que técnicas sejam isentas, mas que elas nos impõe limites de atuação; com todos os desdobramentos que disso decorre; exemplo: o viés interno à perspectiva do campo (ele é bastante limitado e até diverso, muitas vezes, acerca das implicações de caráter mais geral, que um posicionamento político implica).

Este aspecto da questão (considero que) cria um óbice intransponível para a efetividade do papel transformador, antes que da arquitetura (e também de seu campo), da condição política em que vivemos, quando se atua através da arquitetura e de seu campo (na acepção mais abrangente).

Então, a questão que me parece ser mais fundamental nesta proposição de mudança no curso da história, nos impõe que devemos primeiro construir esta condição que seria anterior e mais básica, a partir da qual, inclusive, se pode almejar contar com a ‘possibilidade democrática’, que seria expressa, por exemplo, na possibilidade de existirem argumentos calcados em algum tipo de igualdade de direitos e de deveres (eles, no fundo, não são argumentos que caracterizam os valores da sociedade em que vivemos, ainda que este seja ‘o discursoâ€?â€?as caras de estranhamento que mencionou ver na platéia do debate são expressão disso – que vi pelo vídeo); e, assim, estes argumentos poderem ter ‘livre cursoâ€? não ainda, sendo argumentos aceitos, pois o debate ainda ‘deverá’ ocorrer (sempre e ‘interminável’).

Se a arquitetura em sua especificidade trata do espaço (esta definição disciplinar e histórica talvez possa ser transformada; e aqui talvez o que se possa fazer não seja mais do que uma mudança terminológica), o espaço para o debate político não é o mesmo espaço da arquitetura.
No âmbito do ‘debate arquitetônico� só podemos almejar propor um modo de encontrar a forma do espaço democrático, quando e enquanto ele se expresse materialmente, se ele �espaço democrático -, enquanto instituição, antes, exista. Sua existência independe da arquitetura e do debate arquitetônico, com ou sem arquitetos.

O fato de vivermos em sociedades que sequer têm admitido o debate político, por conta da impossibilidade de haver o debate em si mesmo, é, pela via política, uma demonstração do que, pela via da produção do conhecimento e da atuação pautada por este conhecimento, nos cobra a ‘delegação de funções especializadas’ (na política, esta ‘especializaçãoâ€?se expressa no arremedo de política que conhecemos).

A arquitetura e sua produção, como “exercício político� se vê ‘impedida�fundamentalmente por isto.
O arquiteto não está impedido de ‘ser políticoâ€?por ser arquiteto, mas ele não é político quando é arquiteto, ainda que possa dificultar (ou facilitar) o ‘bom curso’ das decisões e escolhas políticas (quando é hábil ou inábil, em sua função social e técnica; e habilidade ou inabilidade aqui não se restringe à acepção mais comum).
Ainda que esta dificuldade (no bom curso das decisões…) possa ser expressão de escolha política, como fruto do trabalho do arquiteto, ela não é uma ação política, enquanto fruto somente do trabalho do arquiteto (o que impõe separação entre as duas coisas, por mais que não se queira e que cada pessoa seja ‘unaâ€?.
Esta é uma questão ‘disciplinar�(epistemológica, melhor dizendo) e não é histórica. Ainda que as disciplinas sempre se façam também historicamente.

O arquiteto é arquiteto quando ‘opera através do arquitetônico� não porque foi graduado e possui o diploma. Isto dispensa a arquitetura do graduado. Mas (e voltamos à sociedade complexa), na prática e na maioria dos casos, é muito raro que um não especialista possa fazer tal como é necessário aquilo que o especialista faria (claro, aqui descarto incompetências; mas elas existem e muito).

Em realidade, quase não existe arquitetura ordinária hoje em dia. Existem graus variados de arquitetura extraordinária.
A quantidade de edificações feitas inadequadamente, para os padrões e condições que são necessários (e não me refiro aqui ao que os códigos â€?de todo tipo – preconizam), diante da complexidade da sociedade, compõe a ‘regra que confirma a exceçãoâ€?(a favela é a expressão máxima disso).

O ‘autoconstrutorâ€? não é mais o autóctone que herda, por costume, uma ‘edificaçãoâ€?(e modo de edificá-la) adequada ao seu modo de vida e a um contexto também ao qual se faz adequada, compondo uma solução quase simbiótica (aqui entra a dimensão ecológica, ainda não re-conhecida; apesar dos slogans ‘do tipo’).

Na verdade, nosso autoconstrutor ‘se viraâ€? com os materiais industrializados (produtos ‘extraordinários’ da sociedade complexa), feitos para serem aplicados ‘extraordinariamenteâ€?e que ele ‘adaptaâ€? num ‘grau menorâ€?de “extraordinaridadeâ€? num espaço que ele não entende (não o ‘herdamos’), numa cidade que nenhum de nós ainda entende, arquitetos-urbanistas inclusive.
Sérgio Hespanha

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Coment谩rios sobre: Contra a integridade //28ers.com/2006/02/28/contra-a-integridade/#comment-483 Thu, 02 Jul 2009 21:27:03 +0000 //28ers.com/?p=328#comment-483 Sérgio,
agradeço sua leitura e seus comentários. Muito me anima o fato de existirem leitores que põem argumentos em questão. Se entendi bem, o que você aponta é uma espécie de contradição performativa – meu argumento mina o papel social a partir do qual ele é formulado (professora numa Escola de Arquitetura).
Só posso dizer que o próprio estabelecimento das disciplinas é histórico, portanto, pode mudar. Questionar os limites e as determinações dessas disciplinas me parece fazer parte de uma prática que se queira reflexiva, sobretudo a do ensino. Então, não penso ora enquanto arquiteta ora enquanto cidadã. Especialmente em períodos de crise (e a arquitetura se diz em crise há muito tempo), cabe tomar alguma distância e tentar compreender o quanto a própria especialidade perde com a divisão do trabalho à qual está submetida.
O problema central, na minha opinião, não é existência de arquitetos, mas a idéia de que o espaço cotidiano deva ser abordado da mesma maneira que o espaço extraordinário. Também não me preocupa que quem assim o escolher disponha de espaços produzidos por terceiros. Preocupante é que isso seja considerado “normal” enquanto qualquer outra forma de produção se torna marginal.
A produção do espaço cotidiano não é uma especialidade como o transplante de orgãos ou coisa parecida. Ela é, antes, comparável à preparação de comida. Imagine se daqui a algum tempo só pudermos cozinhar mediante o aval de um nutricionista. Ou se cozinhar em casa se tornar uma prática marginalizada (informal, como dizem), enquanto programas públicos, leis e tudo o mais promoverem a alimentação diária em restaurantes (à escolha para os mais abastados e padronizada de acordo com a existência mínima para os outros). Suprime-se paulatinamente uma habilidade que boa parte da população tem ou já teve, para substituí-la por um produto predeterminado. Essa também é uma forma de reduzir cada vez mais a possibilidade, já bem precária, de cidadania ou democracia. O pleito do Movimento Moderno pela casa em série, que desembocou na produção de massa atual, realizou uma redução dessa espécie.
Contudo, ainda na mesma analogia, nada disso quer dizer que não possa haver restaurantes (nem todos querem cozinhar) ou que nutricionistas sejam totalmente inúteis (podem, inclusive, prover meios e conhecimentos para melhorar a qualidade do que as pessoas cozinham por aí ou articular isso no contexto mais amplo de produção agrícola, processamento de resíduos etc).
Enfim, a questão me parece estar entre a pretensão de controle e a idéia da contribuição, que você também toca. Mesmo que nós, arquitetos, deixemos de lado o que seria, pela ordem das especialidades, assunto de sociólogo, o que fazemos incide na sociedade e não apenas na nossa especialidade.

Silke Kapp

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Coment谩rios sobre: Contra a integridade //28ers.com/2006/02/28/contra-a-integridade/#comment-461 Wed, 01 Jul 2009 02:24:32 +0000 //28ers.com/?p=328#comment-461 texto excelente. muito bem escrito, com as idéias articuladas de modo incomum entre nós arquitetos e a formação da autora, em filosofia, posterior, já que também é arquiteta, certamente, juntamente com suas características pessoais, lhe dão as condições para fazer esta diferença.

mas vejo algumas contradições e improcedências. o assunto é complexo e tratar de todos os seus aspectos me exigiria tempo e um espaço equivalente ao do artigo. não é o que posso e nem o que vou fazer aqui.
só vou lançar alguns hipóteses de questionamento.

a contradição.
a autora parte de um posto, que ocupa, como professora de uma instituição que forma profissionais que gozam da exclusividade legal para exercerem uma função social (numa sociedade estruturada tal como é e que cobra esta especialização) que, ao fim e ao cabo, a autora fundamentalmente questiona.
assim, mais do que o como produzir arquitetura por arquitetos, a autora questiona, por lógica, o exercício de profissões por diplomados no mundo (de formados e especialistas) em que vivemos.
é um questionamento procedente, mas só se, necessariamente, inclui o questionamento acerca de como se estrutura nosso modo de vida como um todo.
ora, isto não cabe aos arquitetos enquanto tais, somente enquanto ‘cidadãos’ (se eles ou quaisquer outros podem ainda exercer esta ‘função’ neste mundo).

assim, talvez coubesse que a professora exerce tal questionamento fora (num território de ‘maior amplitude’) de uma FAU ou mesmo de uma universidade. e não me refiro aqui ao espaço físico.

ainda, talvez estes ‘cidadãos’ não possam ser cidadãos. porque não vivemos numa democracia.
ainda que tenhamos sido incansáveis em dizer que sim (na verdade, talvez, em almejá-la; mas, a rigor, nem todos).

como vivemos numa sociedade dita complexa. em cidades gigantescas e de tal modo que não podemos (e, talvez, mais importante, muitos de nós, não queremos), cada um, cuidar de todos ou nem mesmo dos mais importantes aspectos de nossas vidas (conceber a forma de nossas casas, por exemplo), há a necessidade de especialistas.
do conhecimento, também complexo, que exigirá estruturas de formação que habilite o especialista nas diversas especialidades.

e, as relações não são mediadas pela política, com P maiúsculo, por assim dizer (como nos mostra uma Hannah Arendt, entre outros), mas sim, pelo comércio.
pelo toma lá da cá que regula nossas relações de troca e nos permite fazer só uma parte das tarefas necessárias para suprir nossas (complexas) necessidades.

de modo que, o arquiteto pensa na forma da casa do padeiro (quando é o caso), mas se livra de ter que fazer o pão. pois, os dois, padeiro e arquiteto, trocam o produto de seus conhecimentos, com seus diversos valores (talvez aqui esteja o problema – não arquitetônico – que preocupa a autora), numa (complexa) bolsa de valores. por sua vez, mediada (mais complicação) pelo dinheiro e este, por sua vez, (mais complicação ainda) mediado por um sistema financeiro.

a autora ameniza esta crítica, quando aventa a possibilidade de uma alternativa, no papel destes profissionais que, então, a autora passa a aceitar (também justificando seu papel de professora). como estimuladores de decisões a serem tomadas pelos seus interessados diretos.

temos aqui uma parcial incoerência, uma improcedência.
porque, desse modo, não só o papel social (que não escolhemos da noite para o dia; e não me refiro a ‘vocações� do especialista muda, mas também será preciso que sua formação também mude. mas aí, não só do arquiteto, mas de todos e de qualquer conhecimento que se aplique para produzir qualquer coisa.
pois, assim, se exigirá um amplo (ainda que não profundo) conhecimento de todos sobre todas as ‘especialidades’; com as quais, mais dia menos dia, todos nós nos deparamos, no reino deste mundo (sociedade complexa, cidades gigantescas, ‘desinteresseâ€?em fazer tudo etc).

a autora questiona o modo de o arquiteto encarar sua tarefa e o seu conhecimento na relação desigual com o destinatário dos produtos (mais mediação; construtores) de seu trabalho (primeiro, projeto; arquiteto que constrói é construtor, não arquiteto; já nos mostrou Alberti). e fala de integridade; de uma modo anacrônico…(Alberti, já num quadro de formação de uma sociedade complexa, tratava de ‘fundar uma disciplina’ e, assim, ‘instrumentar’ as ‘ações complexas’; e ele â€?Alberti – estava inserido num papel político como talvez a autora/professora também esteja, mais ainda sem dar-se conta de todo).

essencialmente, ‘o projeto’, em si, não é um conhecimento ‘autoritário’. pois ele não pressupõe o detentor de ‘seus meandros’ e ele – o projeto – é tanto mais útil no papel do arquiteto como estimulador, quanto mais se faz ‘hábil’. um conhecimento suficiente, em si, por si.
seu desenvolvimento, portanto, não é ‘problemático’ nos termos ‘políticos’ em que a autora o aborda.
projetar e bem, expor seu projeto à crítica, reformular o projeto e os meios de concebê-lo é a forma de ‘estimular’ o ‘leigoâ€? o projeto e o arquiteto não impõem-se à sociedade, por suposto.
a ‘habilidade’ do projeto em cumprir este seu fim é tarefa de especialistas e de formadores de especialistas. enquanto a sociedade em que vivemos os queira.

todo o mais, cabe a todos nós, fora das FAUs. no ambiente plural e democrático que ainda não temos.
a arquitetura só pode cogitar somente da possível forma (que não constrói, simula) que este ambiente, em termos restritos de sua materialidade, poderá ter (sociologia e antropologia, é melhor deixar com seus especialistas; Bourdieu foi dos melhores deles; conhecer o trabalho destes especialistas nos é da maior utilidade, mas nosso negócio é projetar, se arquitetos; não confundamos alhos com bugalhos).

mas a decisão acerca de que forma deve ser efetivamente realizada não cabe aos arquitetos escolher. nem ‘estimular’ a escolha (erro que constantemente comentem, quando se fazem ‘arquitetos-políticos’).
Ele, humildemente, só pode apresentar hipóteses e contribuir com certo esclarecimento quanto somente à forma que este ambiente concretamente poderá ter.

para isto, a arquitetura, com o projeto, precisa ser ‘hábil’. e o arquiteto, conhecendo este seu papel e tendo esta habilidade, só deve prestar os seus serviços; desinteressadamente (o que tem sido difícil para as prima donas).
somente na medida em que a sociedade, se ainda precisando de especialistas, lhe delegue esta função.

(vi, no vídeo do MDC, a crítica do colega Mahfuz; ela é totalmente improcedente. diante de posturas como a dele, é preciso total rechaço, mas sem confundir as coisas)

sérgio hespanha

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Coment谩rios sobre: Contra a integridade //28ers.com/2006/02/28/contra-a-integridade/#comment-80 Mon, 19 Jan 2009 02:51:35 +0000 //28ers.com/?p=328#comment-80 […] de Rem Koolhaas e a maioria dos seus seguidores, como MRVDV. Veja-se ainda o texto:  KAPP. Silke. Contra a integridade. MDC – Revista de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, n.2, p.8-10. […]

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