Coment谩rios sobre: De obeliscos e espetos //28ers.com/2009/01/28/de-obeliscos-e-espetos/ Mon, 10 Aug 2020 17:47:52 +0000 hourly 1 Coment谩rios sobre: De obeliscos e espetos //28ers.com/2009/01/28/de-obeliscos-e-espetos/#comment-10172 Mon, 10 Aug 2020 17:47:52 +0000 //28ers.com/?p=1658#comment-10172 […] Urbanismo da Universidade de Brasília â€?FAU-UnB, publicaria seu primeiro texto sobre o tema â€?De obeliscos e espetos â€?na revista mdc no dia 28 de janeiro.[36] Talvez pressentindo que poderia ser enquadrado como […]

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Coment谩rios sobre: De obeliscos e espetos //28ers.com/2009/01/28/de-obeliscos-e-espetos/#comment-6162 Wed, 30 Apr 2014 15:28:28 +0000 //28ers.com/?p=1658#comment-6162 Professor Doutor Andrey Rosenthal Schlee, venho por meio desta mensagem escrever algumas palavras sobre meu trabalho de resinificação do Obelisco Mausoléu 32 – obra do escultor Galileo Emendabili.
Sou aluna de arquitetura da instituição AEAUSP – Escola da Cidade – Arquitetura e Urbanismo, e estou em processo de pesquisa sobre o Memorial. Essa pesquisa resultará em um documentário média metragem, que busca resinificar a obra nos dias atuais.
Gostaria de fazer uma entrevista gravada, sobre sua pesquisa “De obeliscos e espetos ”
Estou a sua disposição para hora, data e local para esta entrevista gravada.
Grata, sem mais.
Fabíola Emendabili.

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Coment谩rios sobre: De obeliscos e espetos //28ers.com/2009/01/28/de-obeliscos-e-espetos/#comment-2248 Thu, 14 Jun 2012 00:37:49 +0000 //28ers.com/?p=1658#comment-2248 Obelisco do Ibirapuera

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Coment谩rios sobre: De obeliscos e espetos //28ers.com/2009/01/28/de-obeliscos-e-espetos/#comment-186 Wed, 28 Jan 2009 19:17:25 +0000 //28ers.com/?p=1658#comment-186 Foi publicado hoje no jornal Correio Braziliense o artigo abaixo transcrito:

Cavalos de Tróia

Gustavo Lins Ribeiro

O envolvimento de Oscar Niemeyer por meio século com o projeto de Brasília, cidade em que viveu apenas durante a construção, certamente o qualifica para intervir no seu espaço. Mas, por mais ilustres que sejam, nenhuma cidade precisa de proprietários do seu destino. A configuração espacial do Plano Piloto já é regida por várias leis. Assim, não cabem excepcionalismos, mesmo em se tratando do distinguido arquiteto.

Na verdade, Brasília proporcionou a Niemeyer uma oportunidade que nenhum outro arquiteto ou artista, nem mesmo Michelangelo, teve. É só pensar em vários dos muitos marcantes e imponentes edifícios que levam a sua assinatura tanto na Esplanada dos Ministérios (o Museu da República, o Teatro Nacional, a Catedral, o Palácio do Itamaraty), quanto na Praça dos Três Poderes (o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do SupremoTribunal Federal), ou em outras áreas (o Quartel General do Exército, a sede do Superior Tribunal de Justiça, o Palácio da Alvorada, a Procuradoria Geral da República, o Centro de Treinamento do Banco do Brasil).

É tamanha a identidade que se faz entre Niemeyer e Brasília que, com frequência, se diz que ele criou a cidade, em um verdadeiro esquecimento da autoria do Plano Piloto, de Lucio Costa, tombado em 1987. De fato, é mais fácil perceber imediatamente a beleza da arquitetura de Niemeyer do que entender a lógica, igualmente modernista mas bem mais abstrata, do planejamento urbano da cidade. Também é mais fácil preservar edifícios do que um plano que, a rigor, vem sendo adulterado paulatinamente de diversas maneiras.

A última proposta de intervenção urbanística e arquitetônica de Niemeyer para a Esplanada dos Ministérios foi divulgada pelo Correio Braziliense, em sua edição de 10 de janeiro de 2009. Infelizmente, a chamada Praça da Soberania, situada no canteiro central do Eixo Monumental, a poucos metros da rodoviária, representa, se implementada, uma violação do tombamento do Plano Piloto.

É sabido que a Esplanada se inspira nos Champs-Elysées, de Paris, e no mall, de Washington. Foi pensada por Lucio Costa como uma grande perspectiva que, começando na rodoviária, é coroada, simbolicamente, como em Washington, com o edifício do Congresso Nacional que deve, sobranceiro, reinar, único, sobre todos os demais. Tanto que é proibido construir em todo o Plano Piloto qualquer edificação mais alta que o Congresso, símbolo maior do poder do povo em uma democracia republicana.

Um monumento de 100 metros de altura, como o proposto pelo arquiteto, mais um edifício destinado a ser um Memorial dos Ex-Presidentes, certamente quebrarão radicalmente a perspectiva idealizada originalmente. Ao mesmo tempo, é duvidoso pretender colocar, simbolicamente, a “soberania” acima do “povo”. Ainda recordamos a construção, durante a ditadura militar, do mastro da bandeira na Praça dos Três Poderes, a simbolizar a pátria, um valor acima do “povo”.

Nada contra museus e monumentos, na verdade a cidade necessita de muitos, face à ainda precária oferta existente mesmo diante de um turismo cívico, inclusive popular, em crescimento. A Praça da Soberania foi pensada pelo Governo do Distrito Federal como uma forma de presentear a cidade no seu aniversário de 50 anos, comemorando sua importância política, arquitetônica e urbanística. Paradoxalmente, termina se transformando não apenas em um desrespeito ao tombamento do Plano Piloto, mas, face ao constante estado precário de muitos dos monumentos e atrações turísticas de nossa cidade (basta mencionar a Torre de Televisão, a Catedral e o Museu de Arte de Brasília), torna-se também a confirmação de que mais vale construir novas e impressionantes obras do que manter o patrimônio existente.

O que se espera de Oscar Niemeyer e dos governantes de Brasília, como atores importantes para a preservação da cidade, é que façam propostas que não a desfigurem e que, ao contrário, contribuam para a defesa e preservação do seu tombamento. É compreensível o entusiasmo pela proposta arquitetônica que bem pode ser construída em outra área, mas, presentes como a Praça da Soberania são verdadeiros cavalos de Tróia que abrem caminho para uma triste derrota da história de Brasília.

Gustavo Lins Ribeiro
 Professor titular e diretor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília

Fonte:
//www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_13/2009/01/28/noticia_interna,id_sessao=13&id_noticia=71195/noticia_interna.shtml

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