Um olhar através da arquitetura
Habitação e Cidade
[inscrições até 22.02.2010]
Ambiente construído
[inscrições até 31.03.2010]
Geografia, cidade e arquitetura
[inscrições até 22.02.2010]
“Pues si estas dificultades nos entorpecen a nosotros, que somos de su esencia, no es difícil entender que los talentos racionales de este lado del mundo, extasiados en la contemplación de sus propias culturas, se hayan quedado sin un método válido para interpretarnos. Es comprensible que insistan en medirnos con la misma vara con que se miden a sí mismos, sin recordar que los estragos de la vida no son iguales para todos, y que la búsqueda de la identidad propia es tan ardua y sangrienta para nosotros como lo fué para ellos. La interpretación de nuestra realidad con esquemas ajenos sólo contribuye a hacernos cada vez más desconocidos, cada vez menos libres, cada vez más solitarios.”.
Gabriel Garcia Marques
A América é uma massa continental formada por três placas tectônicas que definem suas porções norte, centro e sul. Uma unidade territorial natural formada somente há 1,5 milhões de anos quando a pequena placa centro-americana se soergueu juntando os dois antigos fragmentos. No entanto, só foi reconhecida como tal no século XVI, se tornando fato histórico. Sua descoberta transforma o mundo inexoravelmente. Ao mesmo tempo em que se inaugurava no plano do conhecimento essa unidade, a colonização dessas terras impôs um desmembramento geopolítico do território e sua ocupação, por meio da predação e do horror, dizimou uma população local de 80 milhões de pessoas em menos de um século. O maior massacre da história da humanidade. Como conseqüência, a escravidão e um território cindido. Por outro lado, vincula toda nossa história pós-colombiana à África.
O enfrentamento crítico desse fracionamento, tão evidente na linha vertical do Tratado de Tordesilhas, como na horizontal que divide atualmente a América Latina da America Anglo-Saxônica, se revela como fulcro de um raciocínio projetual contemporâneo, tendo em vista um futuro mais esperançoso das relações entre as nações das Américas e a transformação da natureza.
Com essa perspectiva, deveríamos imaginar a ocupação de um território onde a natureza não representasse mais uma ameaça, um obstáculo ao empreendimento, como foi vista pelo colonizador. A idéia de sustentação do planeta depende desse equilíbrio entre os recursos naturais e as cidades, cada vez mais eleitas como o habitat, por excelência, do homem. Lugar de permanência e flexibilidade. Como fato novo, a população mundial vive hoje predominantemente nas cidades, e as grandes metrópoles precisam ser estudadas com a urgência correspondente a esse fenômeno. Concentram, assim, as riquezas e mazelas.
Poderíamos ensaiar cidades que não dessem as costas a seus rios e que esses pudessem formar redes infra-estruturais de conexões associadas a ferrovias, rodovias, aeroportos. Ou seja, uma unidade territorial americana, pensada de dentro para fora, que respeite a história específica de cada país e seu povo, construída culturalmente, com todas as contradições e conflitos inerentes desse processo. Sabemos que são realidades muito diversas, fisicamente, culturalmente, materialmente. As desigualdades sociais de nossos povos (a riqueza de uns e pobreza de outros) refletem no âmbito continental, o que ocorre na maioria das grandes cidades das Américas. É nesse ambiente que devemos depositar nossos esforços, uma atitude crítica em face dessa realidade e nossa possível contribuição. O distinto como uma expressão includente, e não segregadora.
“Ante esta realidad sobrecogedora que a través de todo el tiempo humano debió de parecer una utopía, los inventores de fábulas que todo lo creemos nos sentimos con el derecho de creer que todavía no es demasiado tarde para emprender la creación de la utopía contraria. Una nueva y arrasadora utopía de la vida, donde nadie pueda decidir por otros hasta la forma de morir, donde de veras sea cierto el amor y sea posible la felicidad, y donde las estirpes condenadas a cien años de soledad tengan por fin y para siempre una segunda oportunidad sobre la tierra.”
Gabriel Garcia Marques
O curso de especialização da Escola da Cidade oferecerá em 2010 três ciclos:
- Habitação e Cidade
- Ambiente construído
- Geografia, cidade e arquitetura
GEOGRAFIA, CIDADE E ARQUITETURA
O curso se propõe apresentar um panorama crítico da construção das cidades no território americano.
Sua materialização através da arquitetura, como uma forma peculiar de conhecimento, onde se funde história, geografia, artes e técnica. Permite-nos raciocinar sobre as necessidades próprias de nossas realidades, relacionando-as às esferas culturais, sócio-econômicas e ambientais. Um esforço de compreensão de escalas diversas, locais a globais.
Assim, toma-se a produção científica, arquitetônica, literária, visual, musical, ou seja, cultural em sentido amplo, para se aprofundar o conhecimento sobre nossas aproximações e diversidades americanas.
Será dividido em quatro módulos que organizam, para os estudantes, reflexões projetuais em distintas escalas: território, cidade, espaços públicos e equipamentos. A infra-estrutura será o programa condutor dessas intervenções, que associadas às escalas de projeto irão discutir, respectivamente, as conexões, os vazios urbanos, os espaços de convivência e os nós.
Os módulos, bimestrais, definem as quatro regiões que serão discutidas como tema de trabalho, com a intenção de contínua rotatividade. O corpo de faculdades conveniadas à Escola da Cidade passa a ser colaboradora deste curso permanente: Canadá, EUA, México, Costa Rica, Cuba, Panamá, Venezuela, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil
Estrutura Geral do curso
Os módulos bimestrais serão organizados em três ciclos que abrangerão os seguintes conteúdos programados.
Historia e Cultura Americana – apresentação e discussão das questões históricas e geopolíticas do país, além de um panorama geral da historia do continente americano (da America pré-colombiana ao momento atual)
Arte e Arquitetura Americana – apresentação e discussão acerca da arquitetura histórica e contemporânea do país, somado a um panorama geral da arte americana.
Ateliê de Projeto – dedicado ao desenvolvimento de um projeto no país em estudo a partir do tema estrutural do módulo.
Programa 2010-2012
Cada região/pais terá um professor colaborador co-responsável pelo curso. O aluno poderia se matricular a qualquer momento em qualquer modulo [desde que respeite o numero máximo de alunos], devendo cumprir no mínimo as 368 horas previstas.
Informações e Inscrições:
Secretaria da Escola da Cidade (www.escoladacidade.edu.br)
Telefone 55 11 32588108
Coordenadores:
Alvaro Puntoni [doutor FAUUSP, 2005]
Fernando Viégas [mestre FAUUSP, 2004]
Numero máximo de alunos [por módulo]:
60 alunos
Duração:
368 horas aula
Horário das aulas:
Segundas e terças-feiras, das 18:00hs às 22:00hs
Sábados (agendados conforme calendário), das 9:00hs às 13:00hs
Custo:
R$ 8.000,00 [800×10] por 4 módulos
Bolsas:
Até 20 mensalidades com 25% de desconto
Professores Externos:
12 professores externos [3 por módulo]
Professores confirmados:
Historia e Cultura Americana
Tereza Spyer, José Miguel Wisnik, Tales Ab’ Saber, Pedro Puntoni, Lorenzo Mammì, Paulo Mendes da Rocha, Rodrigo Naves, Elisa Bracher, Cristiano Mascaro, Juan Carlos Chamorro [Chile], Fernando Aliata [Argentina], Humberto Ricalde [México]
Arte e Arquitetura Americana
Cauê Aves, Alexandre Delijaicov, Guilherme Wisnik, Pedro Sales, Regina Meyer, Marcos Acayaba, Pablo Saric [Chile], Graciela Silvestre [Argentina], Paloma Vero [México], Arcádio Vero [México],
Ateliê de Projeto
Milton Braga, Mario Figueroa, Antonio C Barossi, André Vainer, Angelo Bucci, Francisco Fanucci, Luciano Margotto, Marcelo Morettin, Fernando Viégas, Alvaro Puntoni, Paulo Henrique Paranhos, Ignácio Volante [Chile], Andrea Tapia [Argentina], Alberto Kalach [México].
Mais informações no .