2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com Wed, 25 Oct 2023 04:13:18 +0000 pt-BR hourly 1 //i0.wp.com/28ers.com/wp-content/uploads/2023/09/cropped-logo_.png?fit=32%2C32&ssl=1 2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com 32 32 5128755 2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2012/11/14/anexo-ii-da-ufcspa/ //28ers.com/2012/11/14/anexo-ii-da-ufcspa/#respond Thu, 15 Nov 2012 02:30:13 +0000 //28ers.com/?p=7716 Continue lendo ]]>

Patrícia Gubert Neuhaus | Rodrigo Allgayer

Gabriel Menna Barreto | Marcelo Kiefer

Fruto de concurso público de arquitetura, realizado em 2003, o Anexo II da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre [UFCSPA] foi concluído em junho de 2011, e atende hoje a demanda da instituição por novos cursos, criados a partir da conversão da antiga Faculdade Católica de Medicina em Universidade Federal de Ciências da Saúde.

A concepção do Projeto para a edificação reflete a contemporaneidade da arquitetura com base na realidade brasileira, atendendo à crescente necessidade de pensar a saúde de forma global: prevenção, cuidados com o corpo, nutrição. A simbiose com a educação amplia seu leque de ação, valorizando o papel da universidade como instrumento essencial para manutenção do bem-estar social. O extenso e complexo programa funcional exigiu uma organização espacial que traduzisse esta diversidade sem abrir mão da unidade e imponência que a nova edificação deveria exibir.

Como reflexo adota-se a estratégia compositiva de volumes diferenciados encaixados a uma estrutura modular, perfeitamente adaptada à diversidade funcional da edificação. Um plano diagonal articula os alinhamentos sugeridos pelo entorno, estabelecendo uma direcional marcante e revelando externamente a estrutura. É neste plano que reflete-se a organização espacial, uma vez que a ele conectam-se os outros volumes: o bloco principal e base de estacionamentos, o auditório com tratamento específico para sua função, e o volume do acesso, este em escala mais apropriada, valorizando a estreita interface de acessos disponível no terreno.

A idéia central da proposta foi gerar movimento através da justaposição das direcionais marcantes, definidas a partir do plano rotacionado, distinguindo e organizando os acessos através de níveis e semi-níveis, provendo assim um pavimento padrão que atendesse às necessidades específicas da área médica: ensino, atendimento e prevenção em saúde. Dessa forma, estabeleceu-se o diálogo claro entre partes distintas do programa [tipos de público, usos específicos], a edificação e seu entorno.

O programa de necessidades apresentado pelo cliente era complexo e diferenciado, e a necessidade de flexibilidade funcional instruiu a criação de um pavimento tipo de planta livre, que abrigou as funções diferenciadas, gerando movimento na fachada através da diferenciação das aberturas. A esta fenestração adicionou-se a grelha modular de brises metálicos, que atenuam a insolação e conferem movimento e unidade às elevações leste e oeste.

No térreo encontra-se o hall principal de acesso e controle, e o setor de consultórios de atendimento ao público, complementado pelo laboratório de análises clínicas situado no segundo piso. A porção central da edificação abriga, em seu terceiro e quarto pavimentos, os setores de integração acadêmica e pública, através das áreas de eventos e auditório, este posicionado em volumetria distinta. A partir do quinto pavimento, distribuem-se as funções vinculadas ao ensino e pesquisa, com salas de aula, laboratórios e consultórios, cozinha experimental e centro de gastronomia, fisioterapia e setores administrativos. Finalmente, o nono e último pavimento abriga um restaurante com vista panorâmica para o do centro de Porto Alegre.

O plano compositivo diagonal, em pele de vidro, atende aos pavimentos que se relacionam mais abertamente com o exterior [eventos, saguões e restaurante panorâmico], conferindo-lhes maior permeabilidade visual diurna e transparência noturna. Nas salas aulas, integra-se à fachada oeste um sistema de venezianas moveis de madeira, dando um destaque intencional ao pavimento. Os volumes lateralizados do hall de acesso e auditório receberam revestimento em placas de alumínio, conferindo-lhes a neutralidade necessária para garantir o equilíbrio com a composição dos volumes principais.

Verticalmente os pavimentos são servidos por uma escada pressurizada e três elevadores. Além destes, a partir dos pavimentos de eventos foi criado um sistema de rampas que promovem a ligação entre estes, o auditório e as salas de aula. Tal configuração permite isolar, caso desejável, as áreas de eventos sem impedir o acesso ao auditório, ou ainda promover a ligação direta entre o pavimento de aulas e a área de eventos em dias de congressos e simpósios. Além de flexibilizar a circulação, este sistema de rampas traduz tanto na fachada permeável como no interior a idéia de flexibilidade espacial e integração programática, propícias à convivência acadêmica.

Por fim destaca-se a saudável iniciativa da Instituição em promover o concurso público de arquitetura, o que possibilitou a escolha da proposta de forma democrática, abrindo o canal para idéias contemporâneas e garantindo a fidelidade ao projeto original, já que previa o acompanhamento e fiscalização da execução pela equipe de projeto. O produto final atende plenamente as necessidades de ampliação da instituição, no campo da nutrição e biomedicina, incorporando uma arquitetura viável, que direcionou estrategicamente os investimentos sem ostentação. A complexidade programática foi distribuída com clareza nos volumes projetados, dentro de uma estrutura racional de composição, mas liberta diagonalmente através do movimento gerado pela geometria dos planos rotados, estabelecendo um diálogo aberto com o entorno. Criando ambientes ricos pelo seu repertório arquitetônico [rampas, vazios e brises], valoriza-se a história da Instituição através da arquitetura, revigorando o papel da Universidade como referência para a sociedade.

[texto fornecido pelos autores do projeto]


projeto executivo

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Parte 1. Lista de Pranchas .15Kb . 3 pranchas

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Parte 3 . detalhamentos. 84,4Mb . 84 pranchas

Parte 4 . detalhamentos. 66,2Mb . 86 pranchas

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Local: Rua Sarmento Leite, 245, Porto Alegre, Rio Grande do Sul – Brasil
Ano do projeto: 2003
Execução: 2004 a 2011
Área construída: 7.832 m², distribuídos em 10 pavimentos, 108 vagas de estacionamento.
Projeto Arquitetônico, gerenciamento e acompanhamento [2004 a 2011]: Patrícia Gubert Neuhaus, Rodrigo Allgayer, Gabriel Menna Barreto , Marcelo Kiefer
Equipe do Concurso Público [2003]: Patrícia Gubert Neuhaus, Rodrigo Allgayer, Gabriel Menna Barreto, Fabrício Siqueira, Marcelo Kiefer, Thais Wright
Estruturas: Padoin & Sachs Engenharia
Instalações elétricas e hidráulicas: Filippon Engenharia
Projeto de climatização: Albert
Luminotécnico: Cristina Maluf
Construção: Portonovo
Fotos: Alex Carvalho Brino, Rodrigo Allgayer, Marcelo Kiefer.

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Colaboração editorial: Luciana Jobim

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2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2010/01/13/casa-em-carapicuiba-sp/ //28ers.com/2010/01/13/casa-em-carapicuiba-sp/#comments Thu, 14 Jan 2010 01:05:26 +0000 //28ers.com/?p=3707 Continue lendo ]]>

Angelo Bucci | Alvaro Puntoni
SPBR arquitetos

A característica a mais notável do local onde a casa esta implantada é um desnível de seis metros que separa a rua de um plano inferior do terreno junto a um pequeno bosque na vertente oposta. Da rua não se vê claramente o nível inferior do terreno porque o plano cai abruptamente. Mas destaca-se a massa arbórea posterior como um pano de fundo desta paisagem inusitada, fruto da implantação da rua neste loteamento.

O programa junta duas finalidades diferentes: uma casa e um escritório, um lugar onde se vive e trabalha. Embora estas duas funções compartilhem o mesmo espaço, são  tão separadas quanto possível.

A casa foi implantada em dois níveis compreendidos na distância que separa a rua do plano inferior, sua estrutura vai aos limites do terreno e define o espaço inferior onde está a habitação aberta para os pátios junto ao bosque e ao córrego.

O nível da rua foi inteiramente preservado e ampliado através da pequena praça de acesso, na mesma cota, que se estende sobre a cobertura da casa através de uma ponte de aço – a única entrada do edifício. Daí se vai à casa ou ao escritório por percursos que exploram as possibilidades espaciais daquela situação topográfica particular.

Uma escada de concreto conduz à varanda que remete o olhar à situação peculiar da casa no terreno, abaixo do nível da rua, e dali se entra  na sala ou cozinha. Seus espaços são integrados com as arvores, o pequeno vale, jardins, e a piscina linear situada no nível do chão. A casa incorpora a natureza exterior dentro: uma porta de vidro deslizante abre completamente o estar para o terraço, criando um único espaço. Os dormitórios e o pátio inferior também se ligam no nível inferior. A cozinha esta atirantada na estrutura principal e libera os espaços inferiores para os seus usos.

O escritório, constituído por duas lajes estruturadas por uma grande viga superior apoiada em dois pilares, é o único volume visível da rua. Suas dimensões de 3 metros de largura e 25 metros de extensão remetem à idéia de um tubo aberto em ambas as extremidades. Conseqüentemente, as janelas oferecem outras vistas: mais longínquas que próximas, mais paisagem do que um espaço intimo.

A estrutura é em concreto armado. Além de seus materiais principais, concreto e de vidro, esta casa é projetada essencialmente baseada na geografia e na paisagem do local.  Os acabamentos são simples: pisos monolíticos em concreto branco e mosaico português também branco. Assim poucos elementos significam mais concentração no trabalho solicitado durante seu processo de construção. Faz mais fácil de controlar o orçamento e propicia-nos focalizar nas etapas necessárias para construir a casa.

[texto fornecido pelos autores do projeto]


projeto executivo

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Local: Carapicuíba – SP
Ano do projeto:
2003
Obra:
2008
Área do terreno:
450m²
Área construída: 415m²
Arquitetura:Angelo Bucci e Alvaro Puntoni [SPBR arquitetos]
Colaboração: Ciro Miguel, Fernando Bizarri e Juliana Braga
Estrutura:
Ibsen Pulleo Uvo e Ruy Bentes
Instalações: Mauro Rodrigues Pinto
Paisagismo:
Klara Kaiser
Construção:
Alexsandro Bremenkamp
Fotos:
Nelson Kon
Website/contato: www.spbr.28ers.com | www.gruposp.28ers.com

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2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2009/02/19/casa-do-professor-unb-brasilia-df/ //28ers.com/2009/02/19/casa-do-professor-unb-brasilia-df/#respond Thu, 19 Feb 2009 04:35:26 +0000 //28ers.com/?p=2200 Continue lendo ]]> img_0286Nonato Veloso

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A Casa do Professor abriga a ADUnB – Associação dos Docentes da Universidade de Brasília. Foi fruto de um concurso aberto a professores da FAU/UnB e demais arquitetos que trabalhavam no campus, no final de 1999. O programa era bem maior e havia a exigência da possibilidade de sua execução por partes. Em 2003 houve o interesse da construção da frente do edifício contendo a parte administrativa da associação, deixando de lado restaurante, auditório e outras dependências. Resolvemos então redesenhar esta parte, incluindo um café e ajustando alguns pontos para  deixá-la com aparência de ” coisa acabada “.

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O edifício está implantado em um dos acessos de maior visibilidade dentro do campus, ao lado da Avenida L-3 Norte. O sítio tem uma importância histórica que vem da implantação da própria Unb, contando com a Faculdade de Educação, a antiga Reitoria e o auditório Dois Candangos, projetos de Alcides da Rocha Miranda [1]. Conta ainda com edifício de João Filgueiras Lima, o Lelé, hoje infelizmente desfigurado por um “puxadinho ” em toda a sua extensão.

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Tivemos que respeitar a horizontalidade, a escala e a calma do lugar. O edifício resultou de filiação definida. A idéia das empenas soltas emoldurando o edifício já são encontradas na casa Celso Silveira de Mello, em Piracicaba – SP, 1962, dos  arquitetos Paulo Mendes da Rocha e João de Gennaro [2], como recentemente na Clínica de Odontologia em Orlândia – SP, 1998, do grupo de arquitetura MMBB [3].

Os ambientes principais são voltados para o estacionamento, a leste,  e as áreas de apoio como sanitários e circulação vertical, para oeste, contidas em bloco único, protegendo o edifício da pior insolação.

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[texto fornecido pelo autor do projeto]

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notas

[1] Em entrevista concedida pelo autor ao portal eletrônico www.dochis.com.br, em abril de 2007.
[2] Publicada no artigo de Ruth Verde Zein:  Breve Introdução à Arquitetura da Escola Paulista Brutalista, no portal eletrônico www.vitruvius.com.br,  arquitextos 069.01
[3] Simples, mas complexo. Em Revista PROJETODESIGN,  edição 248 de outubro 2000.


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Local: Brasília – DF
Ano do Projeto:
2003
Ano de conclusão da Obra: 2004
Área Construída: 764,21 m²
Proprietário:
ADUnB
Autor:
Nonato Veloso
Projetos Complementares: Engex Engenharia
Construção: Pimar Engenharia
Fotos: Nonato Veloso, Mário Bonomo, Danilo Matoso
Contato: decertaforma@hotmail.com

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2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/03/31/restauracao-praca-da-estacao-mg/ //28ers.com/2006/03/31/restauracao-praca-da-estacao-mg/#respond Fri, 31 Mar 2006 21:08:39 +0000 //28ers.com/?p=384 mdc 3Restauração Praça da Estação - MGEduardo Beggiato | Edwiges Leal | Flávio Grillo

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2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/02/28/residencia-bf-mg/ //28ers.com/2006/02/28/residencia-bf-mg/#respond Tue, 28 Feb 2006 18:50:50 +0000 //28ers.com/?p=312 mdc 02

Residência BF - MGHumberto Hermeto

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2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/02/28/escola-ataliba-leonel-sp/ //28ers.com/2006/02/28/escola-ataliba-leonel-sp/#comments Tue, 28 Feb 2006 18:26:49 +0000 //28ers.com/?p=291 mdc 02

Escola Ataliba Leonel - SPÂngelo Bucci | Álvaro Puntoni

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2003 – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/01/31/edificio-sede-da-fapergs-rs/ //28ers.com/2006/01/31/edificio-sede-da-fapergs-rs/#comments Tue, 31 Jan 2006 05:55:09 +0000 //28ers.com/?p=270 mdc 01

Sede da Fapergs - RSJosé Eduardo Ferolla | Eduardo Oliveira Fança

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