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José Eduardo Ferolla

Cinquenta e Tantos

Mapa de bondes de Belo Horizonte. Fonte: www.skyscrapercity.com

A vida não era apenas subir Bahia e descer Floresta.

Para mim, ao contrário, começava descendo Bahia.

O fim da linha era logo aqui, na Congonhas com Leopoldina. Guimarães Rosa morava em frente, eu um quarteirão acima e menino em pé não pagava. De modo que à medida que o bonde ia descendo, a turba ia aumentando.

Na Afonso Pena, à meninada do Santo Antônio se agregavam as hordas das santas Tereza e Efigênia e o caldo engrossava de vez.

Dali, baldeávamos para Afonso Pena, Itapecerica e Antônio Carlos, saíamos das Minas e, cruzado o Arrudas, já nas Gerais, o destino final seria um parque na beira da lagoa, em frente a uma capela estranha, diferente de toda igreja que mineiro já tinha visto.

A garotada nem olhava, pois o objetivo daquele raid de domingo era correr pra alugar um bom cavalo e, no par-ou-ímpar, decidir quem ficava com sela ou em pelo, só na manta, e assim, respectivamente investidos de mocinho e índio, partir pra correria pelos cerrados em meio a pequizeiros e cagaiteiras, das cujas todos já havíamos aprendido a ignorar a abundante oferta daquelas frutinhas amarelas e perfumadas, pois o nome da árvore já dizia tudo.

A capela, entretanto, me chamava a atenção, inclusive porque já sabia da história de ter sido projetada por um tal de Niemeyer; que os desenhos naqueles azulejos azuis e brancos eram obra de um tal Portinari, de quem papai se arrependia não ter comprado uns quadros oferecidos por uma ninharia creio que pelo Capanema; que aquilo ali, portanto, era coisa de importância nacional, mas que o bispo refugou e não deixava celebrar missa porque, pra ele, com aquela forma não podia ser igreja, mas coisa de ateus comunistas. Mas nada disso me preocupava, pois eu gostava mesmo era de uma outra coisa, mais estranha ainda, chamada “casa do baile?

Menino, eu já me deslumbrava como aquelas ondulações incrivelmente me evocavam versos ensinados pela Dona Ester:

… Valsavas.
Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias;
Tremias;
Sorrias
Pra outro
Não eu…

Casa do Baile. Belo Horizonte, Oscar Niemeyer, 1940. Foto: Adriano Conde

Sessenta e Poucos

Régua, giz, borracha e mata-borrão, assim diziam.
Depois do Pedro II, do Rio, o melhor colégio do Brasil.
Também coisa daquele tal de Niemeyer.

Coincidência? Só sei que a gente ali respirava liberdade, ninguém te pajeando, ninguém preocupado se você estava na aula ou atrás do mata-borrão fumando e/ou namorando, sem muros pra te prender, só aquele arrimo fácil de pular nivelando o terreno. Mas, se não estudasse…

Muitos contemporâneos ilustres: Henfil, Tostão, Elke Maravilha, Martinha “Queijinho de Minas? Affonso Romano de Sant’anna, Humberto e Dorotéia Werneck, até a Dilma (mas, quem era ela, quem conheceu essa Dilma?).

Fernando “Mangabeira?Pierucetti, criador do “Galo? da “Raposa? do “Coelho? o que acabou virando regra esportiva no Brasil (não ganhou um tostão de royalties), com singularíssimo método de ensinar geometria, obrigando-nos a desenhar todas as suas aulas a mão livre num caderno previamente quadriculado também a mão livre. Amaro Xisto e as teorias de Paul Rivet e Alec Hrdlisca, ensinando antropologia e sambaquis para meninos cheios de espinhas. Quatro anos de latim me ensinaram que Gallia est omnis divisa em partes tres, quarum unam incolunt Belgae, aliam Aquitani, tertiam qui ipsorum lingua Celtae, nostra Galli apelantur, coroados por mais dois com Dona Etel nos regendo pelo Manual de Canto Orfeônico do Villa-Lobos.

Terá sido a obra de Niemeyer a indutora daquele clima no Colégio Estadual? Não há como saber, mas a gente tratava o colégio como casa da gente, sentíamo-nos honrados e privilegiados por viver e estudar num lugar tão bacana, obra daquele mesmo cara que, com Lucio Costa, estava construindo uma cidade no planalto central.

Veio a ditadura e ?primeiro ato de fazer-se presente ?gradeou o colégio.

Passados dois dias já não mais restava tela alguma, só os quadros tubulares vazios, que mais nos ajudavam, num balé coletivo, balançar o corpo para mais elegantemente aterrissarmos na São Paulo pro “pão-molhado?no seu Álvaro.

Colégio Estadual Central. Belo Horizonte, Oscar Niemeyer, 1954. Foto: Cartão postal de Belo Horizonte

Sessenta e Muitos

E como não havia como ser de outro jeito, em 66 lá estava eu, começando meu curso de arquitetura.

Na primeira escola do Brasil nascida como escola de Arquitetura, a da UFMG, onde se vivia um clima glorioso: Brasília já era uma realidade, a escola acabara de ser premiada no Concurso Internacional de Escolas de Arquitetura da Bienal de São Paulo, Brasil era um país com arquitetura de ponta.

Quanto mais a ditadura ia arrochando o torniquete, mais descobríamos como burlá-la. Nunca mais fomos país tão criativo como tivemos que ser principalmente depois do AI-5.

A arquitetura do Oscar alçava voos vertiginosos. De um incrível projeto para uma edificação destinada à música, com teatros suspensos a cada lado de duas vigas estaiadas de Pier Luigi Nervi, ele dizia: desejosos de preservar a vista para o mar, suspendemos o edifício e criamos dois balanços de 50 metros, e a gente ria, ria…

Tinha de conhecer a nova capital pra ficar chocado ao ver ao vivo ?só não digo a cores ?a incrível leveza do Palácio do Planalto, a invenção da catedral, aquela sucessão de palmeiras como se me apresentou o Palácio do Itamarati. Logo depois, a Bienal de 67 me apresentou o conjunto do Ibirapuera (hoje completado por ele mesmo com um teatro e uma língua de Mick Jagger). A juventude ainda nos dava fôlego para subir, correndo, até o topo da Oca. Descer era outra estória…

O curso de arquitetura foi nos apresentando outros personagens, como Frank Lloyd Wright, Ludwig Mies van Der Rohe, Charles-Edouard Jeanneret Gris, dit Le Corbusier…

Se Le Corbusier me fez saber apreciar melhor o Cassino da Pampulha, calou-se passados mais de 20 anos ante o silêncio de Kahn em Ahmadabad. Mas os trabalhos de Niemeyer e Mies, pra mim, até hoje – depois dos construtores de catedrais – são insuperáveis invenções.

Oscar continuava aprontando, usando da Justiça pra fazer, como em na Fontana di Trevi, uma fachada-fonte, espicha e deforma o Itamarati em Milão, achata e rasga embaixo a Oca em Argel, e a Módulo a cada edição nos apresentava mais novidades, acompanhado de Bruno Contarini e de Joaquim Cardozo, aquele que fazia cantar os apoios.

Até 1971. No dia 4 de fevereiro, estava eu nas proximidades coletando material para minha dissertação de urbanismo. A peãozada almoçava sobre um grande espaço de 300x70m quando o canto virou estrondo. Morreram 69 na hora, quase metade depois e, logo mais, foi Cardozo quem não mais pôde suportar aquilo.

Seria um edifício bonito, duas enormes vigas paralelas de 300x15m separadas 70 metros, unidas acima por vigas-calha interligadas por abóbodas de vidro. Iria abrigar o acervo daquela Feira de Amostras do Berti demolida para dar lugar à rodoviária de Fernando Graça e outros.

O que sobrou, mais tarde, demoliram de pura vergonha.

Pavilhão de Exposições da Gameleira após o desabamento em 1971. Fonte: Arquivo Público Mineiro

Setenta e Muitos

Os bondes há muito já não existiam, nem mais aquela graça da aventura dominical, mas a nossa revista foi se chamar Pampulha ?revista de arquitetura, arte e meio ambiente.

Um bando de malucos fazendo uma revista toda a mão. Lançamos um número 1 em Brasília no primeiro congresso de brasileiro de arquitetos pós-silêncio.

Capa do Primeiro exemplar da Revista Pampulha, 1979

Oscar Niemeyer em seu escritório, 1979. Foto: José E. Ferolla

Os homenageados, não poderiam deixar de ser Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Não foi a primeira vez que nos encontramos, mas, desta vez, naquelas entrevistas, a conversa foi bem mais franca.

Primeiro Lucio, na Delfim Moreira, numa bagunça entre fotos da filha, brasão bizantino, lata de Ovomaltine e um quarto completamente lotado de jornais (será que nunca passou pela cabeça dele a possibilidade de por aquele velho prédio abaixo?).

Sua conversa nos fez ler, nas entrelinhas, que as coisas já não andavam tão bem entre eles.

Costa declara-se cansado de assistir àquele show de ferragens à milanesa.

Página do primeiro exemplar da Revista Pampulha, 1979. Foto: Maurício Andrés

Oscar, do seu costumeiro pouso Art Déco no Posto Seis ?em cujo terraço a vertigem nunca o deixou chegar – fez pose, xingou deus e o mundo, para depois nos entregar, datilografado, um mais do mesmo, aquela conversa de…quando eu fiz Pampulha… das curvas das mulheres brasileiras… blá, blá, blá…? mais um desenho (para a capa, ele disse ?nada menos…), com a praça defronte do Planalto cheia (no dizer de Lucio Costa) de pinguins à guisa de povo…

Engraçado ele citar as curvas das mulheres brasileiras, mas aquela topografia de matagais pélvicos da foto de Lucien Clergue, bem iluminada ao fundo de sua mesa (ele, pudicamente, punha um desenho seu à frente quando havia moçoilas no recinto…) são bem franceses. Ou serão argelinos?

Oitenta e Poucos

Pampulha, de novo…
Essa coisa é que nem visgo, pegou, solta mais não.

Oscar Niemeyer e José Eduardo Ferolla. Foto: Herbert Teixeira

Nessas alturas, na diretoria do IAB-MG lutando pela preservação de nosso patrimônio natural e cultural, acabamos nos reencontrando e juntos, mais “autoridades?(como se não fosse ele a maior) percorremos a capela, o Cassino e a Casa do Baile. O Iate, depois das intervenções de colegas ali realizadas, nem perto quis passar, que aquilo estava uma xculhambação

Deu certo, a bronca.

As autoridades, feridas nos brios, resolveram dar um jeito naquilo. E tive a felicidade de participar do baile da reinauguração da Casa do Baile ao som de Carlos Fernando + Nouvelle Cuisine. Pas mal

Projeto de Concurso para a Biblioteca Pública do Rio de Janeiro, José Eduardo Ferolla, Fernando M. G. Ramos, MIlton Castro, Thea Villas Boas., 1984

Ainda mal curado do trauma da entrevista da Pampulha, me envolvi noutro papelão.

Cenário: Rio de Janeiro, Avenida Presidente Vargas, em frente ao 2º Exército, ao lado do Campo de Santana e, atrás, junto ao casario da Rua da Alfândega. Concurso público nacional para a Biblioteca Pública do Rio.

Ele, no júri, premia projeto incompleto e inconcluso de um afilhado.

A grita é geral, principalmente entre os cariocas, para quem, até então, era unanimidade inquestionável, a ponto de deixar outro gênio da terra, Sérgio Wladimir Bernardes, praticamente no esquecimento.

A coisa engrossou, o IAB-RJ chiou, o CREA-RJ condenou, JB publicou, pra tudo se acabar em pizza. Com cabelo.

Noventa e Muitos

Concursos… Coisa complicada.

Capanema, funcionário público, melou um concurso público pra emplacar a turma do Lucio Costa no Ministério da Educação.

Niemeyer, nesta história do Rio, já era veterano. Debutou no concurso do Plano Piloto de Brasília, impondo a proposta do Lucio. Contava isso pra todo mundo nos seus detalhes mais sórdidos.

Mas sempre foi um Robin Hood. Ganhava pra repartir. Nisso um comunista autêntico, durante anos sustentou a família de Prestes. O problema de um temperamento destes é, como cavalo velho, a carrapatada que nele agarra.

Na ânsia de agradar gregos e baianos, tendo muitos a quem sustentar, tudo começava a contribuir para que a qualidade da criação começasse a declinar.

Bibliotheca Alexandrina, Alexandria, Egito. José Eduardo Ferolla, Fernando Ramos, Carlos Antônio Leite Brandão, 1989. Terceiro Lugar em concurso internacional

Os cinco minutos de fama proporcionados pelo sucesso alcançado no concurso internacional Bibliotheca Alexandrina me levaram a São Paulo como convidado no Congresso Brasileiro de Arquitetos, onde tive a oportunidade de reencontrar com Lucio Costa pela última vez.

Manifestando querer conhecer o Memorial da América Latina, lá fomos, Pirondi e eu, a ciceroneá-lo.

Eu, que também não conhecia a obra, fiquei horrorizado. Ele não disse palavra sequer, até que chegamos biblioteca e aí seus olhos brilharam: é uma extrusão da igrejinha da Pampulha! Mas não passou disso, dava pra sentir no ar a decepção.

Croquis do Memorial da América Latina. São Paulo, Oscar Niemeyer, 1987

No lusco-fusco da volta, nos fez parar sob o Minhocão, onde desceu, olhou pra lá, pra cá e, maravilhado, exclamou: que coisas incríveis podem acontecer aqui, vejam como esse lugar é cheio de vida!

Isso, depois de ver aquela desolação daquela enorme “bandeja?onde se dispõem as obras do memorial…

Dez e Poucos

A partir daí, salvo algumas exceções, fui vendo sua (dele?) obra degenerar.

Mais uma vez entramos em rota de colisão, desta vez por causa da nossa Cidade Administrativa.

Publiquei isso, sem o saber, a exatos 33 anos depois do estrondo.

Minha briga, na verdade, era com o rapaz então dirigindo o Estado, mas sempre me espantou como um personagem daqueles, assumidamente comunista, com todo o respeito com que o cercavam, nunca falava não, sempre sabia quando convenientemente se calar para assim fazer sua obra, por mais inconveniente que fosse.

Projeto não realizado para o Palácio da Liberdade. Belo Horizonte, Oscar Niemeyer, 1968

Às vezes, como aí ao lado (1969), a gente achava até que era brincadeira, que ele jamais imaginaria alguém louco o suficiente para demolir o Palácio da Liberdade pra fazer isso no lugar, mas como Isreal Pinheiro, de uma twinscrapper, muito pouco se diferenciava, e como nós estávamos no auge de uma ditadura, quando, se alguém apenas triscasse, levava chumbo, sinceramente, eu não brincaria e menos ainda arriscaria…

O fato é que passei cada vez mais a questionar algumas de suas mirabolices e de suas justificativas. No nosso Palácio das Artes, por exemplo, onde ele começava justificando não ter outro lugar para fazê-lo que não no nosso já exíguo e mutilado Parque Municipal, sempre estranhei, logo ele que, desde o começo de sua obra, não dispensava um brise soleil, deixar o foyer e as salas de ensaio do corpo de baile rachando ao noroeste sem proteção alguma, até o dia em que achei o projeto lá mesmo, num depósito do teatro, e naqueles desenhos pasmo constatar que a orientação estava errada. Será que ele não foi lá nem uma vez dar uma olhadela, nem que rapidinha, e nem precisaria disso, se bastava ver a posição da Afonso Pena em qualquer mapa da cidade? Fiquei muito, muito assustado.

Não que ele se preocupasse em contextualizar seus projetos ?todos os modernistas eram messiânicos e sempre desprezavam o que antes houvesse ?mesmo porque suas obras, de tão grandiosas, sempre criaram um novo contexto ou dominariam qualquer contexto urbano que fosse, mas, daí a cometer descalabros desta ordem?

Chegando a projetar o mesmo para qualquer lugar?

A Cidade Administrativa, por exemplo. Primeira vez que a vi seria localizada num topo, num arranjo tipicamente niemeyeresco, tudo e a todos dominando. Foi preciso, graças a Deus, que engenheiros demonstrassem que ali não dava, que o custo de criar acessos àquela cidadela compatíveis ao grande afluxo viário inviabilizaria a obra. E eis que, num passe de mágica, o projeto vai parar num brejoso fundo de vale, sem nada tirar, nem por, como se fosse maquete que, de um mesa, foi pro tamborete. Quando vi os desenhos adesivados nos ônibus, comentei que péssima foto-inserção, quem fez não percebeu como estava fora de escala? Hoje, sempre que vou ou volto de Confins, percebo que o erro não foi de quem fez a fotomontagem. Aquilo é um desastre. Meu consolo foi supor que nada mais daquilo era dele, mas da vassalagem, que ele, se pudesse ver, jamais se enganaria daquele jeito, não aceitaria que aqueles dois enormes edifícios passassem de norte-sul para leste-oeste, não deixaria de propor amebas ibirapuerianas interligando-os ao palácio e jamais admitiria que aquela pequena e desproporcional caixinha de talco Royal Briar se fizesse de centro de convivência e vai por aí afora.

¿Hasta Cuándo?
¿Hasta Cuándo?

Niemeyer passou da hora de parar e nem tenho como afirmar se queria ou mesmo poderia tal a enorme flora intestinal a sustentar.

Um absurdo, essa franquia familiar, como que desenterrando das mapotecas coisas recusadas, muitas vezes pelo próprio autor, mexendo daqui, dali, reciclando (mal) o que encontrava, procurando a todo custo manter contínuo o fluxo proporcionado por esta safadeza denominada notória especialização, desenvolvendo mal e detalhando porcamente, sem qualquer escrúpulo, o que o mestre rabiscava.

Na hora em que não mais for possível manter o que em qualquer empresa se chamaria “controle de qualidade? seria a hora de parar.

O detalhamento e os acabamentos do Memorial da América Latina são uma vergonha. Dá dó ver o primitivismo tosco com que foram resolvidos e detalhados os guarda-corpos das rampas ?e as próprias rampas ?do Museu de Niterói, com aqueles policarbonatos alveolares ora num sentido, ora no outro…

Claro que não daria mais para hoje continuar com os requintes de alabastros, cristais belgas âmbar e pilares de inox do Cassino. Mas a singeleza dos detalhes do piso e do forro da capela, a coerência com que dialogavam, a propriedade de cada escolha, na dose certa para não sujar o branco, tudo isso se foi. Só salvou o branco.

Por que a decadência? Será que a resposta pode ser tão simples, ele não mais estar mais no comando?

Às vezes ainda deu certo, como o novo teatro. Ao contrário de Brasília, desta vez assentado num cateto e, da hipotenusa, brotando a nova lingua do Mick Jagger do Ibirapuera.

Centro Administrativo de Minas Gerais. Belo Horizonte, Oscar Niemeyer, 2004. Foto: Danilo Matoso

E, no Centro Administrativo de Minas, aí está mais uma vez o coitado, avalizando a mediocridade dos nossos mandatários.

Contratar Niemeyer, depois de 1993, passou a ser garantia de atropelo à Lei de Licitações e Contratos por um artifício que ninguém tinha coragem de retrucar: que aquele senhor, então com apenas 86 anos, era um gênio incontestável.

E tudo ficava mais fácil, e muito mais rápido: nada de concursos, concorrências ou tomadas de preço, processos demorados, frequentemente passíveis de impugnação, acarretando aquilo a que político tem verdadeiro horror – lentidão e auditoria. Ao contrário, resultava no que os fazia, digamos, delirar: não prestar contas nem dar satisfações a quem quer que seja e tudo isso sob chuva de aplausos da mídia e do povo em geral.

Tem obra de Niemeyer neste Brasil pra tudo quanto é canto e, como coelhos, continuaremos a assistir a proliferação desta escorchante e perversa franchising.

Parente é serpente.

Dezembro de 2012.


José Eduardo Ferolla é Engenheiro Arquiteto, Urbanista e
professor da Escola de Arquitetura da UFMG.


Veja todas as matérias da série Oscar Niemeyer 1907-2012

Veja todas as matérias sobre Oscar Niemeyer já publicadas na revista MDC
See everything on Oscar Niemeyer published on MDC magazine

Colaboração editorial: Luciana Jobim

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Debate e votação ocorreram em evento popular

Neste último sábado, dia 27/08, foi escolhido por júri popular o novo projeto de revitalização do Mercado Distrital do Cruzeiro, em Belo Horizonte, MG. A etapa final da premiação de Arquitetura Viva o mercado! foi realizada no próprio local e contou com a presença de 482 pessoas, dentre moradores, trabalhadores, professores e arquitetos, que votaram e discutiram os três projetos finalistas em um clima de festa e confraternização.

Os três finalistas expuseram e debateram suas idéias e seus projetos foram apreciados pelos moradores do bairro Cruzeiro e entorno, a ACOMEC ?Associação dos Comerciantes do Mercado do Cruzeiro e a AMOREIRO ?Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro. Ao final foi escolhido o projeto n° 06, dos arquitetos Francisco Albano Andrade e equipe: Gian Paolo Lorenzetti e Rodrigo Ferreira Andrade, que contou com um total de 203 votos.

Mantendo a estrutura original do prédio, a proposta escolhida cria uma praça em frente ao prédio da qual parte uma rampa, integrada à estrutura do mercado e que a separa em dois níveis, sendo que o nível superior é destinado para espaço gourmet e bares. O projeto prevê mais 60 lojas no centro de compras e um estacionamento subsolo com 770 vagas, contando, além disso com quadras poliesportivas e uma torre panorâmica como ligação entre o Parque Amilcar Vianna Martins e o Mercado.

O projeto n° 03 de João Diniz, José Luiz Baccarini Neto, Pedro de Carvalho Guadalupe e Marcílio Gazzinelli (fotógrafo), ficou em segundo lugar com 179 votos e o terceiro lugar ficou para o projeto n° 01 de André Luiz Prado, Alexandre Brasil, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff, Pedro Lodi e Rafael Gil Santos, com 97 votos.

O próximo passo será a apresentação do resultado do concurso ao Prefeito Márcio Lacerda que o Vereador Adriano Ventura se ofereceu para intermediar. Com o aval do poder público será possível dar continuidade ao projeto.

Mais sobre a discussão ver: Contra a Demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro e sobre os três projetos finalistas: IAB-MG apresenta os finalistas da premiação Viva o Mercado!


Com informações do Estado de Minas e do IAB-MG
Colaboração editorial: Danilo Matoso

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2011/08/27/iab-mg-apresenta-os-finalistas-da-premiacao-viva-o-mercado/ //28ers.com/2011/08/27/iab-mg-apresenta-os-finalistas-da-premiacao-viva-o-mercado/#respond Sat, 27 Aug 2011 17:36:15 +0000 //28ers.com/?p=6791 Continue lendo ]]>

Apreciação dos projetos selecionados por júri popular será realizada dia 27 de agosto

O IAB-MG apresenta dia 27/08, sábado, os projetos finalistas da premiação de Arquitetura VIVA O MERCADO!. Os 03(três) projetos escolhidos serão analisados por júri popular de acordo com o edital da premiação, o evento ocorrerá no Mercado Distrital do Cruzeiro a partir das 8h30min com encerramento previsto para as 17h. Atividades culturais terão parte no evento durante todo o dia.

Perante ao impasse gerado entre comunidade e prefeitura por conta da reação negativa por parte da sociedade civil ao projeto de revitalização proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Departamento de Minas Gerais do Instituto dos Arquitetos do Brasil ?IAB MG abriu a Premiação de Arquitetura VIVA O MERCADO!. Ver: Contra a Demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro

As inscrições para a premiação foram abertas no dia 06/06 e contou com 07(sete) projetos inscritos dos quais apenas os projetos de número 01, 03 e 06, foram selecionados, por, de acordo com a comissão julgadora, mais se aproximaram das diretrizes propostas pelo edital.

Projeto nº 01: João Antônio Valle Diniz e equipe: José Luiz Baccarini Neto, Pedro de Carvalho Guadalupe e Marcílio Gazzinelli (fotógrafo).

A comissão julgadora avaliou que o ponto forte deste projeto consiste na proposição de uma nova edificação longitudinal ao terreno que oferece usos para garantir sua sustentabilidade econômica, e ao mesmo tempo, aproveita o talude que percorre o todo o terreno do Mercado do Cruzeiro lindeiro à Universidade FUMEC e ao Parque Amilcar Vianna Martins. A volumetria deste novo prédio se harmoniza à paisagem local e preserva satisfatoriamente os grandes vazios urbanos existentes ao redor do Mercado. As intervenções resolvem o programa de necessidades respeitando as principais visadas e se adéquam à escala do entorno e à paisagem urbana.

O projeto oferece alternativas de exploração econômica para o Mercado, cria um oásis verde com a proposição de uma praça pública no nível do mesmo, propõe a manutenção do prédio, liberando parte da fachada e resgatando a concepção original do mesmo. O projeto é propositivo com relação ao entorno ao apontar a requalificação de alguns espaços da Vila vizinha. Entretanto, a integração do projeto com o parque Amilcar Vianna Martins e o Mercado é parcial, criando uma ruptura na continuidade espacial de suas áreas ao verticalizar parcialmente a edificação proposta no ponto de acesso à Rua Ouro Fino.

A linguagem arquitetônica é ponto marcante no projeto trazendo uma rica movimentação de elementos de circulação vertical e horizontal propiciando uma dinâmica ao conjunto proposto. No quesito estacionamento, item impactante e importante de ser solucionado nas proposições, o projeto atende ao estabelecido no edital e resolve a contento.

Projeto nº 03: André Luiz Prado e equipe: Alexandre Brasil, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff,  Pedro Lodi e Rafael Gil Santos.

A comissão julgadora considerou que a organização espacial das intervenções são positivamente racionais, ou seja, oferecem clareza de leitura e funcionalidade aos seus usos. Por outro lado, os membros da comissão apontaram um excesso na altura do novo edifício em relação ao entorno. Este edifício aproveita o talude lateral existente entre a FUMEC e o Mercado com uma única edificação, liberando a visada do Parque Amilcar Vianna Martins. Quanto ao Mercado, propriamente dito, o projeto preserva a sua configuração original. A proposta não interfere diretamente no parque, resolve bem o estacionamento e dota o projeto de uma proposta logística com boa resolução de fluxos. Em termos de viabilidade financeira, a nova torre e as lojas no subsolo são soluções interessantes para permitir a sustentabilidade econômica do Mercado, possibilitando, ao mesmo tempo, a continuidade das funções hoje existentes. Pondera-se, entretanto, que as lojas âncoras propostas para o subsolo podem  instesificar, de maneira constante, o fluxo de veículos na região. Em termos de atendimento à demanda pela criação de novas vagas de estacionamento, o projeto atende a contento. A circulação vertical é outro item positivo na solução de projeto já que foi resolvida utilizando a estrutura da Caixa d’água existente como elemento de ligação entre a Praça do Mercado, o novo conjunto arquitetônico e o parque Amilcar Vianna Martins.

Projeto nº 06: Francisco Albano Andrade e equipe: Gian Paolo Lorenzetti e Rodrigo Ferreira Andrade.

Este projeto propõe um conjunto composto por rampas de circulação, praças e mirantes que “abraçam?o Mercado, oferecendo uma estrutura plástica bem resolvida, com uma rica ambientação de espaços para os usuários. A flexibilidade de usos dos espaços propostos foi considerada como ponto relevante, pois, potencializa a instalação de variados eventos em seu complexo. As novas estruturas de uso se articulam de maneira amigável ao edifício do Mercado embora este tenha seu invólucro modificado. A comissão julgadora entende que o fechamento da Rua Opala limita o fluxo de circulação no bairro gerando entraves de circulação de pessoas e veículos no entorno. Além de resolver bem a demanda por vagas de estacionamento, a proposta melhora a articulação do Mercado com a Universidade e o parque Amílcar Vianna Martins.

No sábado os proponentes apresentarão seus projetos, de acordo com o edital, para apreciação dos moradores do bairro Cruzeiro e entorno e mais especificamente da ACOMEC ?Associação dos Comerciantes do Mercado do Cruzeiro e AMOREIRO ?Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro.


Colaboração editorial: Danilo Matoso

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Alexandre Brasil | Paula Zasnicoff

O Instituto Inhotim é um complexo museológico original, constituído por uma seqüência não linear de pavilhões em meio a um parque ambiental. Suas ações incluem, além de arte contemporânea e do meio ambiente, iniciativas nas áreas de pesquisa e de educação. É um lugar de produção de conhecimento, gerado
a partir do acervo artístico e botânico.

Localizado em Brumadinho, a 60 quilômetros da capital mineira, possui um importante acervo de arte con-
temporânea e uma extensa coleção botânica. Em Inhotim, o meio ambiente convive em interação com a arte, e são o ponto de partida para o desenvolvimento de ações de caráter socioeducativo nas mais diversas áreas.

(disponível em: www.inhotim.org.br)

O Instituto Inhotim, com seu acervo de arte e botânica, busca, com a construção do Centro Educativo Burle Marx, sistematizar e potencializar o caráter formador e a vocação educacional de suas atividades. Além de atender a todas as atividades de educação desenvolvidas em torno do acervo e das exposições, o programa educacional deve funcionar também como um equipamento da comunidade do entorno, oferecendo programas de formação e qualificação profissional em áreas nas quais Inhotim atua.

O edifício do Centro Educativo foi implantado como um elemento de organização e acesso aos grupos educativos diferenciados ao museu. Sua localização, no limite da área do museu, junto à alameda de acesso principal e próximo à recepção, potencializa esta relação.  O Centro Educativo funciona como local de chegada e partida, e estabelece, através do edifício, o percurso de acesso ao museu. Um edifício ponte sobre o lago.

foto - fachada noroeste - acesso principal

A praça de acesso do Centro Educativo conduz o público à área de acolhimento, onde ocorrerá a organização e direcionamento conforme as atividades dos grupos. Partindo do acolhimento pode-se acessar diretamente a biblioteca, os ateliês e também o auditório. O acesso ao museu será através da cobertura. Nela está a praça elevada, inserida sobre um grande espelho d’água no qual serão exploradas espécies botânicas ainda inexistentes em Inhotim, propiciando uma grande integração entre a arquitetura e o paisagismo.

Neste edifício a experimentação da arquitetura se funde ao exuberante paisagismo local. Tanto no percurso sobre o espelho d’água quanto nos percursos entre os diferentes programas do edifício. A circulação é feita por varandas, espaços de convívio e contemplação.

A cobertura é constituída por três lajes nervuradas em concreto aparente, moduladas em 80cm, o que proporciona organização e racionalização dos materiais utilizados. A própria organização do programa solucionou a necessidade técnica das juntas de dilatação entre as lajes, tornando independentes as lajes da biblioteca, a dos ateliês e a do acolhimento/auditório. O único volume que se eleva sobre a cota da praça elevada é o urdimento do auditório, também construído em laje nervurada.

O desenho do chão tem maior liberdade. A diferença de nível entre a praça de acesso (726,80) e acolhimento (723,00) propiciou a implantação de um anfiteatro ao ar livre, voltado para o edifício. O pequeno desnível entre o acolhimento (723,00) e o foyer do auditório (724,20) além de potencializar o uso deste espaço como local de eventos, promove certa independência de uso num espaço único.  As lajes de piso sob a biblioteca e sob as salas de aula realizam a extensão do território, flutuando sobre o lago, em nível com o acolhimento (723,00). Estas lajes de piso também são nervuradas, seguindo o mesmo módulo da cobertura.

O Centro Educativo é essencialmente um local de trabalho e conhecimento, onde a relação do público com Inhotim será potencializada.

[texto fornecido pelos autores do projeto]


projeto executivo

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30.3Mb . 24 pranchas

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galeria

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Projeto premiado no 9° Prêmio Jovens Arquitetos|IAB-SP | Categoria Arquitetura ?Obra Concluída


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Local: Brumadinho – MG
Ano do projeto:
2006
Obra:
2008-2009
Proprietário:
Instituto Inhotim
Arquitetura:
Alexandre Brasil e Paula Zasnicoff
Colaboração:
Arquiteto Edmar Ferreira Junior e estudantes Ivie Zappellini e Rosana Piló
Estrutura:
T3 Tecnologias Integradas Ltda
Instalações: Projeta Consultoria e Projetos de Instalações
Consultoria acústica:
Marco Antônio Vecci (biblioteca e ateliês); WSDG (auditório)
Projeto de cenotecnia:
RPP Criação e Produção
Ar condicionado:
Tuma
Construção:
Eng. Felipe Salim / Eng. Frederico Grimaldi(auditório)
Fotos:
Alexandre Brasil, Daniel Mansur, Leonardo Finotti
Website/contato: www.arquitetosassociados.28ers.com

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2009/07/18/residencia-lf-nova-lima-mg/ //28ers.com/2009/07/18/residencia-lf-nova-lima-mg/#comments Sun, 19 Jul 2009 01:23:28 +0000 //28ers.com/?p=3166 Continue lendo ]]>

7-VISTA DA FACHADA FRONTALAlexandre Brasil | Paula Zasnicoff

Foram as premissas para a realização deste projeto:

A valorização do lugar – a importância da paisagem circundante e da própria mata em que se encontra.

A máxima preservação da topografia original do terreno e árvores de grande porte existentes.

6-VISTA DA FACHADA FRONTAL

8-VISTA DA FACHADA FRONTAL

A construção da residência sobre pilotis criando assim jardim e praça sob a edificação e terraço na cobertura e reservando para os principais ambientes da residência a possibilidade de vista para os arredores: serras circundantes e mata do Jambreiro.

13-VISTA POSTERIOR

A configuração de um platô amplo e elevado em relação ao terreno que concentra as partes principais do programa – salas de estar, jantar, cozinha, serviços, pátio, quartos e banheiros – e reservando para o nível inferior dependências de serviço e lazer resultando em uma casa de dois níveis.

A criação de pátio interno como elemento de ambientação e articulação dos dois pavimentos assegurando acesso rápido ao nível principal da residência assim como à área de estacionamento, jardins e terreno natural.

10-VISTA DA SALA ESTAR JANTAR E PÁTIO-DECK COM COBERTURA VIDRO FECHADA

9-VISTA DA SALA ESTAR JANTAR E PÁTIO-DECK COM COBERTURA VIDRO ABERTA

11-VISTA INTERNA SALA ESTAR JANTAR

[texto fornecido pelos autores do projeto]


projeto executivo

C:_DVDS PARA GRAVARDVD-022AL112 - Residencia Fred e LilianPRDownload do projeto executivo completo em formato PDF

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Local: Nova Lima – MG
Ano do projeto: 2006-2007
Obra:
2007-2008
Área do terreno:
1.100m²
Área Construída:
pavimento superior: 190m² | pavimento inferior: 176m²
Arquitetura:
Alexandre Brasil e Paula Zasnicoff
Colaboração:
Estudante de arquitetura – Carla Carvalho de Queiroz Braga
Estrutura:
Carlos Alberto de Assis Fonseca
Instalações: Projeta Consultoria e Projetos de Instalações
Construção:
Petra Engenharia
Fotos:
Eduardo Eckenfels
Website/contato:
www.arquitetosassociados.28ers.com

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2007/11/30/allegro-mg/ //28ers.com/2007/11/30/allegro-mg/#respond Fri, 30 Nov 2007 22:01:44 +0000 //28ers.com/?p=410 mdc 4Allegro - MGSylvio Emrich de Podestá | Marília Lila Dalva Carneiro

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/03/31/restauracao-praca-da-estacao-mg/ //28ers.com/2006/03/31/restauracao-praca-da-estacao-mg/#respond Fri, 31 Mar 2006 21:08:39 +0000 //28ers.com/?p=384 mdc 3Restauração Praça da Estação - MGEduardo Beggiato | Edwiges Leal | Flávio Grillo

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/03/31/cafe-do-museu-mineiro-e-arquivo-publico-mineiro-mg/ //28ers.com/2006/03/31/cafe-do-museu-mineiro-e-arquivo-publico-mineiro-mg/#respond Fri, 31 Mar 2006 21:01:23 +0000 //28ers.com/?p=380 mdc 3Café do Museu Mineiro e Arquivo Público Mineiro - MGMariza Machado Coelho | Fernando Maculan

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/03/31/estadio-municipal-de-montes-claros-mg/ //28ers.com/2006/03/31/estadio-municipal-de-montes-claros-mg/#comments Fri, 31 Mar 2006 20:51:24 +0000 //28ers.com/?p=373 mdc 3Estádio Municipal de Montes Claros - MGBruno Campos | Marcelo Fontes

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/03/31/centro-de-arte-corpo-mg/ //28ers.com/2006/03/31/centro-de-arte-corpo-mg/#respond Fri, 31 Mar 2006 20:18:43 +0000 //28ers.com/?p=341 mdc 3Centro de Arte Corpo - MGAlexandre Brasil | Carlos Alberto Maciel
Éolo Maia | Maria Josefina Vasconcellos

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/02/28/residencia-bf-mg/ //28ers.com/2006/02/28/residencia-bf-mg/#respond Tue, 28 Feb 2006 18:50:50 +0000 //28ers.com/?p=312 mdc 02

Residência BF - MGHumberto Hermeto

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/02/28/residencia-rp-mg/ //28ers.com/2006/02/28/residencia-rp-mg/#respond Tue, 28 Feb 2006 18:33:06 +0000 //28ers.com/?p=299 mdc 02

Residência RP - MGAlexandre Brasil | Carlos Alberto Maciel

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MG – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2006/02/28/residencia-mb-mg/ //28ers.com/2006/02/28/residencia-mb-mg/#respond Tue, 28 Feb 2006 18:27:47 +0000 //28ers.com/?p=294 mdc 02

Residência MB - MGFernando Maculan | Pedro Morais

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