museu explorat贸rio de ci锚ncias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com Thu, 20 Aug 2009 14:40:40 +0000 pt-BR hourly 1 //i0.wp.com/28ers.com/wp-content/uploads/2023/09/cropped-logo_.png?fit=32%2C32&ssl=1 museu explorat贸rio de ci锚ncias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com 32 32 5128755 museu explorat贸rio de ci锚ncias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2009/08/20/concurso-internacional-%e2%80%93-museu-exploratorio-de-ciencias-%e2%80%93-unicamp-%e2%80%93-resultado/ //28ers.com/2009/08/20/concurso-internacional-%e2%80%93-museu-exploratorio-de-ciencias-%e2%80%93-unicamp-%e2%80%93-resultado/#comments Thu, 20 Aug 2009 14:39:59 +0000 //28ers.com/?p=3223 Continue lendo ]]>

museu-unicamp1Daniel Corsi, Dani Hirano
e Reinaldo S. Nishimura
formam a equipe vencedora

A UNICAMP anunciou o resultado do Concurso Internacional para o Museu Exploratório de Ciências. O projeto vencedor é de autoria da equipe composta pelos arquitetos Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo S. Nishimura.

“Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo S. Nishimura, integram a equipe vencedora do Concurso Público Internacional de Arquitetura, do Museu Exploratório de Ciências, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Com o tema “Museu como fenômeno e fenômeno como paisagem? a equipe fica em primeiro lugar na competição que envolveu arquitetos de diversos países durante cerca de seis meses. A cerimônia de premiação aconteceu na noite de sexta-feira, após a Defesa Pública dos projetos arquitetônicos, no Centro de Convenções da Universidade.

O segundo lugar ficou para o projeto intitulado Necklace, da equipe dos arquitetos japoneses Tomohiko Amemiya, Mitsuru Hamada, Hiroki Inutsuka e Akira Suzuki. Os americanos Erik Warren Lewitt e Jordan Williams ficaram com a terceira colocação. A equipe campineira dos arquitetos Fábio Boretti Araújo, Bernardo Telles e Luis Amaral Pereira Pinto e a equipe paulistana de Alessandro Moreno Muzi, Hernani Carvalho Paiva e Luiz Marino Küller receberam Menções Honrosas da Organização do Concurso.

A alta qualidade dos cinco projetos finalistas dificultou o trabalho da Comissão Julgadora, que se estendeu duas horas além do previsto no cronograma do evento. A decisão final coube ao Diretor do Museu Exploratório de Ciências, Professor Marcelo Firer, decidindo o empasse entre o projeto do brasileiro Daniel Corsi e do japonês Tomohiko Amemiya.

Para o público presente, independente da equipe vencedora, a experiência de apresentar os finalistas em audiência aberta ao público foi enriquecedora. Para o Arquiteto Luis Paulo Cobra Monteiro, Professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) o nível dos trabalhos era muito bom. “Eu nunca participei de concursos nesse formato, onde os trabalhos dos finalistas fossem discutidos com o público.Isso é muito inovador? disse o Professor Monteiro. “Achei que eles conseguiram expor muito bem os trabalhos? comentou a estudante do 5º ano de arquitetura da Unicamp, Paula Takahasi. “A diferença entre países não foi determinante? acrescentou a estudante de arquitetura do 6º ano, Giulia Bertazzolo, também da Unicamp.?

(leia aqui a ata da comissão julgadora)

Veja abaixo os projetos premiados:

(clique nos links e imagens para mais detalhes sobre cada projeto)

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1° lugar ?Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo S. Nishimura

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2° lugar ?Tomohiko Amemiya, Mitsuru Hamada, Hiroki Inutsuka e Akira Suzuki

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3° lugar ?Erik Warren Lewitt

Lewitt-01

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Finalista ?Menção Honrosa ?Alessandro Moreno Muzi, Hernani Carvalho Paiva e Luiz Marino Küller

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Finalista ?Menção Honrosa ?Fábio Boretti Araújo, Bernardo Telles e Luis Amaral Pereira Pinto

MUSEU vista NO

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Menção de Destaque ?Anselmo Oliveira dos Santos Júnior

(projeto ainda não disponibilizado)


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Menção de Destaque ?Marcelo Lindgren

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Menção de Destaque ?Sérgio Kpinis

(projeto ainda não disponibilizado)


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Veja aqui as informações já publicadas na revista mdc sobre o Concurso Internacional para o Museu  Exploratório de Ciências da UNICAMP.

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org, onde você encontra mais informações]

Publicamos os projetos premiados, menções e destaques do Concurso Público Internacional de Arquitetura para o Museu Exploratório de Ciências, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A cerimônia de premiação aconteceu na noite do dia 07.agosto.2009, após a Defesa Pública dos projetos arquitetônicos, no Centro de Convenções da Universidade (conforme anunciado aqui no portal).

Segundo a assessoria de imprensa da UNICAMP: “A alta qualidade dos cinco projetos finalistas dificultou o trabalho da Comissão Julgadora, que se estendeu duas horas além do previsto no cronograma do evento. A decisão final coube ao Diretor do Museu Exploratório de Ciências, Professor Marcelo Firer, decidindo o empasse entre o projeto do brasileiro Daniel Corsi e do japonês Tomohiko Amemiya.?(veja aqui a ata da comissão julgadora)

Veja abaixo os projetos:

(clique nos links e imagens para mais detalhes sobre cada projeto)

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1° lugar ?Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo S. Nishimura

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2° lugar ?Tomohiko Amemiya, Mitsuru Hamada, Hiroki Inutsuka e Akira Suzuki

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3° lugar ?Erik Warren Lewitt

Lewitt-01

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Finalista ?Menção Honrosa ?Alessandro Moreno Muzi, Hernani Carvalho Paiva e Luiz Marino Küller

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Finalista ?Menção Honrosa ?Fábio Boretti Araújo, Bernardo Telles e Luis Amaral Pereira Pinto

MUSEU vista NO

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Menção de Destaque ?Anselmo Oliveira dos Santos Júnior

(projeto ainda não disponibilizado)


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Menção de Destaque ?Marcelo Lindgren

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Menção de Destaque ?Sérgio Kpinis

(projeto ainda não disponibilizado)


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Anunciados os finalistas

Concluída a primeira etapa do Concurso Público Internacional de Projetos de Arquitetura para o Museu Exploratório de Ciências da UNICAMP.

Segue abaixo a transcrição do Diário Oficial do Estado de São Paulo (Caderno Executivo 1, Recrutamento e Seleção, Universidade Estadual de Campinas, Pg. 109), onde foi publicado o resultado (grifo nosso):

DIRETORIA-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL DE PROJETO DE ARQUITETURA

MUSEU EXPLORATÓRIO DE CIÊNCIAS ?UNICAMP

RESULTADO DA ANÁLISE DOS TRABALHOS ?PRIMEIRA FASE

A Diretoria Geral da Administração da Unicamp, em obediência ao edital do Concurso Público Internacional nº 01/2009, divulga o resultado da 1ª FASE, na qual a Comissão Julgadora selecionou para a 2ª FASE os seguintes candidatos:

03.2.113.2009 ?Tomohiko Amemiya

03.3.196.2009 ?Erik Warren Lewitt

03.3.008.2009 ?Alessandro Moreno Muzi

03.1.212.2009 ?Fábio Boretti Netto de Araújo

03.4.072.2009 ?Daniel Corsi da Silva

Os trabalhos selecionados, atendendo aos itens 2.6 e 2.7 do edital, deverão ser entregues na Diretoria Geral de Administração da Universidade/DGA ?Área de Suprimentos, até as 17:00 horas do dia 6 de Agosto de 2009, independentemente de serem entregues pessoalmente ou através de Correio ou empresa transportadora. Recomenda-se, ainda, a todos os cinco selecionados que:

1.Seja observado detalhamento da organização espacial com relação a percursos de segurança, acessibilidade universal e dispositivos técnicos de carga, descarga e movimentação vertical de material de exposição;

2.Seja observado o agenciamento dos espaços livres abertos de uso contemplativo e operacional;

3.Seja observada a viabilidade econômica no que se refere à execução do projeto, com apresentação de planilha orçamentária;

4.Seja observado que a abertura da cobertura do observatório atenda às necessidades de observação noturna do céu no hemisfério sul.

NÃO foram selecionados para a 2ª Fase, porém receberão menção de destaque, os candidatos:

03.1.281.2009 ?Sérgio Kipnis

03.2.163.2009 ?Marcelo Cusano Lindgren

03.3.137.2009 ?Anselmo Oliveira dos Santos Júnior.

A íntegra desta ata está disponibilizada no sítio: //www.mc.unicamp.br/arquivos/index/1/

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Para acesso à Ata de Julgamento da Fase 1 do Concurso UNICAMP clique aqui.

Para acesso à página do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, clique aqui.

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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M.C.Escher - MetamorphoseEm meio a críticas, editais de concursos
nacionais em andamento são revisados.

Dois concursos públicos de arquitetura, um em Campinas e outro em Natal, vêm sendo alvos de críticas e temas de acalorados debates entre profissionais da área.

Lançado em janeiro deste ano, o concurso para o Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, em Campinas, São Paulo, foi promovido pela própria universidade. Segundo o diretor do museu, Marcelo Firer, em entrevista à revista mdc, sequer foi cogitada a contratação do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB – como entidade organizadora do certame. Firer afirma que a universidade possui quadro funcional experiente na realização de licitações diversas e concursos internacionais de avaliação de mérito para a seleção de docentes. Por isso, a organização de concurso de arquitetura pela própria universidade foi a opção natural para a direção do museu.

O concurso, entretanto, foi alvo de severas críticas por profissionais desde a publicação do edital. Para os arquitetos frequentadores do portal Concursos de Projeto, o valor estimado para a obra (dez milhões de reais), para a premiação e, consequentemente, para a remuneração profissional dos vencedores, seriam excessivamente baixos. A sistemática de respostas às consultas por meio de e-mails diretos e a ausência de um arquiteto-coordenador do certame junto à instituição também foram criticados. Em concursos promovidos pelo IAB, as respostas às consultas são publicadas no site do concurso e passam a constituir parte integrante do edital. Foi questionada também a abrangência internacional do concurso para um edifício de aproximadamente cinco mil metros quadrados de área. Todas estas ressalvas não impediram a inscrição de 170 equipes no concurso – um número alto em relação a outros certames realizados no país – , que tinha como prazo de entrega das propostas  o dia 27 de março, sexta-feira passada.

Para surpresa de todos, no último dia do prazo de recebimento dos projetos, o edital foi impugnado. Segundo Marcelo Firer, o motivo foi processual: realmente, não constava no edital a data de abertura dos envelopes e, como temos que seguir a lei de licitações, tivemos que acatar o pedido de impugnação recebido no dia 25 – lamenta o professor.

Diversos participantes já haviam enviado suas propostas e nova onda de protestos seguiu-se à primeira. O arquiteto Antônio Carlos Coltro, em texto publicado no portal Concursos de Projeto, classificou a medida de ultrajante. O profissional afirma que a decisão mostra total desrespeito e desconsideração por parte da Unicamp para com os concorrentes. A organizadora ignorou todo o trabalho, energia, tempo e investimento despendidos com a confecção das propostas, do material impresso e com a entrega dos mesmos. Provavelmente, também não foi considerada a repercussão que tal decisão causará junto aos concorrentes internacionais.

O concurso para a Praça do Natal, em andamento na capital do Rio Grande do Norte e lançado na semana passada, também vem sendo alvo de duras críticas por arquitetos. Promovido pela Prefeitura de Natal, com organização do IAB-RN, o concurso apresentava em seu edital inicial uma restrição à participação de arquitetos de outros estados, que teriam que indicar outro profissional, também arquiteto, com endereço profissional no Rio Grande do Norte e registro ou visto no CREA/RN. A restrição, contrária aos princípios do Regulamento de Concursos do IAB, gerou estranhamento entre os potenciais participantes. Os arquitetos Leandro e Luciana Schenk publicaram um protesto afirmando que uma ressalva desse teor torna evidente o quanto estamos voltando para trás. Mesmo que o intuito tenha sido o de facilitar o diálogo entre promotores/organizadores e vencedores do concurso, por si a medida termina restringindo a competição.

Consultado pela revista mdc, o presidente do IAB-RN, arquiteto Lúcio Dantas, esclareceu que a restrição foi colocada pela prefeitura do município, receosa de ter que arcar futuramente com os entraves logísticos impostos pela distância de profissionais de outros estados. Dantas explica ainda que o IAB teria proposto que a associação a arquitetos locais poderia ser sugerida ao profissional vencedor, caso este fosse de outro estado. Entretanto, para a surpresa do Instituto, a proposta foi incorporada ao edital como requisito para habilitação. Segundo Dantas, o IAB vem negociando com a Prefeitura de Natal a retificação do edital, sem a cláusula de restrição, que deve ser novamente publicado ainda esta semana, com novos prazos.

A onda de retificações de editais atingiu também o concurso para reforma e ampliação da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre – que não vinha sendo alvo polêmica alguma. Em nota divulgada hoje pela coordenação do concurso, serão alteradas as datas para inscrição e entrega dos trabalhos. O edital do concurso havia sido divulgado em janeiro, mas as inscrições ainda não haviam sido abertas e as bases não haviam sido divulgadas.

A retificação de editais é fato comum na realização de licitações pela Administração Pública, mas para o coordenador do portal Concursos de Projeto, Fabiano Sobreira, esta onda de atropelos é sintoma de um quadro mais amplo de desarticulação dos órgãos públicos e do próprio IAB. Segundo o arquiteto, os problemas relacionados aos concursos no Brasil são o reflexo da falta de uma regulamentação pública e da tentativa de reinvenção da roda a cada novo procedimento. Cada novo concurso é elaborado como se não houvesse antecedentes, ou como se não houvesse um histórico de experiências (tanto de sucessos, quanto de desastres).

Apesar do otimismo dos organizadores, pelo menos a polêmica em torno ao concurso do Museu de Ciências da Unicamp promete continuar. Para Sobreira, as alterações, da forma como foram anunciadas pela Coordenação do Concurso, ferem um dos princípios básicos da referida Lei, que é o princípio constitucional da “isonomia”. Os concorrentes que já enviaram seus trabalhos não estarão em igualdade de condições em relação àqueles que porventura se beneficiem das alterações do edital e do adiamento de inscrições e entregas.

O ano começou com um expressivo aumento no número de concursos. Aos três certames mencionados, somam-se ainda os concursos para a sede do CREA-PR, em Curitiba, para o Planetário de Rio Branco, no Acre, e para o SESC Guarulhos, em São Paulo, além de mais de cinco concursos internacionais de grande porte atualmente em andamento.  A realidade nacional, em todo caso, ainda está distante daquela verificada países onde a prática é mais disseminada, como a França. Conforme estudo recente divulgado pelo portal Concursos de Projeto, aquele país possui uma média anual de 1200  concursos de arquitetura. É um número 240 vezes maior que a média brasileira, de 5 concursos nacionais por ano. A disseminação dos concursos públicos na França só foi possível com a regulamentação e padronização de procedimentos pela própria Administração Pública, em parceria com as corporações profissionais. O nível de organização francês dá a medida do caminho a ser percorrido no Brasil para a realização de Concursos de Arquitetura com procedimentos e resultados maduros. Este percurso certamente passa pela prática exaustiva de concursos, com seu debate e nova regulamentação. A crise que já atinge o setor da construção civil, em todo caso, promete torná-los cada vez mais competitivos.

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Inscrições até: 06.03.2009
Entrega dos trabalhos: 27.03.2009

O Museu Exploratório de Ciências da Unicamp está a um passo de ter a sua sede na Universidade. Lança na segunda-feira, dia 12, um edital, no Diário Oficial do Estado, para concurso público de arquitetos interessados em apresentar projetos de construção deste Museu. Um detalhe: o edital é internacional e possivelmente o primeiro no país com a participação de arquitetos com tal abrangência. O requisito único é ser arquiteto registrado em seu país de origem. O custo estimado do projeto é de R$ 10 milhões, que poderá ser captado dos setores públicos e privados. O objetivo é a construção de um prédio de 5.200 metros quadrados numa área total de 28.000 metros. O espaço deve abrigar exposições temporárias, auditório, observatório astronômico, áreas administrativa, técnica e de convivência, entre outras iniciativas. Os recursos destinados ao concurso advêm de verba orçamentária da Universidade, prevista no Planejamento Estratégico (Planes).

As inscrições serão abertas no período de 12 de janeiro a 6 de março e serão feitas mediante ficha disponível no site do Museu, por via postal (Concurso Público Internacional – Museu – Unicamp, Caixa Postal 6018, Área de Suprimentos – Diretoria Geral da Administração – DGA, CEP: 13083-970, Campinas-SP) ou diretamente na DGA (Praça das Bandeiras, 45, prédio 1).

O concurso terá duas fases sendo que, ao final da primeira, os candidatos terão que entregar seus trabalhos (quatro pranchas) até as 17 horas do dia 27 de março. Serão selecionados cinco projetos para a próxima fase. Estes cinco já receberão na primeira etapa um prêmio de R$ 5 mil. Na segunda, os projetos passarão por amplo detalhamento em cinco pranchas. Bancas examinadoras, nas duas fases, avaliarão o mérito dos trabalhos.

No dia 11 de maio acontece, no Centro de Convenções da Unicamp, a defesa pública dos trabalhos escolhidos, com arguição dos selecionados por um júri internacional, que será composto por profissionais de renome da área. Todos os finalistas receberão prêmios também na segunda fase. Caberá ao primeiro colocado a importância de R$ 8 mil, ao segundo de R$ 4 mil e ao terceiro R$ 2 mil. O quarto e o quinto colocado receberão menção honrosa. E o vencedor terá a chance de fazer o seu projeto executivo.

A primeira banca terá a participação de Paulo Bruna, Hector Vigliecca, Marcelo Firer, Maria Stella Martins Bresciani, Edgar De Decca, Julia Taguena, Leandro Medrano, Francisco Borges Filho, Na segunda, o júri contará com Jorge Wagensberg, Jorge Mansilla, Paulo Bruna, Hector Vigliecca, Marcelo Firer, Silvia Arango, Edgar De Decca, Leandro Medrano, Maria Cristina da Silva Leme.

De acordo com o diretor do Museu e professor do Instituto de Matemática e Computação Científica (Imecc), Marcelo Firer, além de construir a sede do Museu, o objetivo da obra é trazer para Campinas um espaço cultural à sua altura. “O único museu de ciências da cidade está na nossa Universidade? lembra Firer, que já visitou museus modelares de vários países. O projeto do Museu da Unicamp já vem sendo idealizado há um bom tempo, e um marco para que a ideia tomasse corpo foi a realização de um workshop no ano passado, frequentado por membros da diretoria do Museu e alguns convidados. Desse encontro, resultou a espinha dorsal do concurso, que prescinde numa descrição pormenorizada das necessidades do novo Museu, incluindo o uso de cada espaço. Firer comenta que são esperadas propostas de excelência e que os projetos sejam conduzidos em escalas de valores que permitam a construção efetiva da obra, isso porque, opina ele, tem sido recorrente, em concursos, projetos de elevada qualidade, mas não exequíveis.

Segundo o professor Leandro Medrano, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), em vários países a tendência é optar pelos concursos internacionais de arquitetura, como nos Estados Unidos, Europa, México, Chile, Argentina e China. Neste particular, reflete Medrano, o Brasil é um dos poucos países que não adotam esse sistema de rotina. Para ele, os concursos internacionais podem trazer um impacto cultural muito maior ao país.

Para a seleção dos trabalhos, será considerado o contexto da arquitetura brasileira, e suas peculiaridades. Medrano adianta que os interessados terão que se aprofundar em suas pesquisas pessoais, sem deixar de observar o conteúdo do programa proposto pelo Museu, o valor dos recursos e que o candidato traga algo representativo em termos de arquitetura no país, como a técnica e a maneira de fazer. “Esperamos trabalhos originais e inovadores. Além do mais, que a tecnologia construtiva leve em conta questões ambientais como a otimização de gasto de energia, por exemplo. O mundo inteiro pensa nisso, incentivando obras que amenizam os impactos à natureza. Por isso, no Brasil queremos fomentar uma reflexão oportuna sobre os caminhos da arquitetura? afirma o professor, que participou da elaboração do edital do concurso desde o seu início. A ideia é publicar um livro com os trabalhos vencedores, que será um instrumento de análise para estudiosos e para os apaixonados pela arquitetura.

O Museu Exploratório de Ciências, órgão ligado ao Gabinete do Reitor, foi criado em maio de 2005, tendo como alvo o público escolar e com acervo baseado na construção de experimentos para expor conceitos que permitam ao visitante participar ativamente dos experimentos. Atua hoje com dois programas que atingiram em 2008 mais de 18 mil pessoas da comunidade: a Nanoaventura (programa com uma hora e meia de duração que utiliza diversas mídias para passar conceitos básicos de ciências em escala nanométrica e suas aplicações tecnológicas) e a Oficina Desafio (oficina que visita as escolas para desafiá-las a projetar e a construir um artefato para auxiliar na solução de problemas).

Estão previstos para este ano no Museu da Unicamp eventos como a inauguração de sua sede administrativa, a Praça Tempo Espaço, a Exposição de Meteorologia e Fenômenos Globais e a primeira edição da Olimpíada de História do Brasil. Concluída a obra, Firer conta que o próximo passo será captar os recursos para a infraestrutura do órgão.

[Esta notícia é uma parceria com o Portal Concursos de Projeto. Mais informações sobre este concurso em concursosdeprojeto.org]

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