Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com Wed, 14 Aug 2024 13:18:47 +0000 pt-BR hourly 1 //i0.wp.com/28ers.com/wp-content/uploads/2023/09/cropped-logo_.png?fit=32%2C32&ssl=1 Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com 32 32 5128755 Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2024/02/09/transborda/ //28ers.com/2024/02/09/transborda/#respond Fri, 09 Feb 2024 13:44:27 +0000 //28ers.com/?p=15497 Continue lendo ]]> Por Estúdio Chão
8 minutos

Projeto TransBorda! (texto fornecido pelos autores)

E se os lugares não tivessem muros?
E se nossa casa ficasse sempre aberta?
E se nossa cidade fosse feita apenas de espaços abertos, desimpedidos, irrestritos, interligados?
E se a gente não aceitasse a ideia de que, para convivermos, seria preciso nos prendermos atrás de muros e evitarmos o perigo que acreditamos morar lá fora, a assustadora ameaça do outro?

Fotografia: Renato Mangolin

As violências cotidianas formam a face mais dura da vida na cidade. Para se proteger, a gente demanda muros que cristalizam “nossos medos mais profundos”, como diz o arquiteto paulista Angelo Bucci. Essa construção coletiva do medo invade todos os lugares e assume as mais diversas formas, das mais etéreas às mais sólidas, das mais cristalinas às mais opacas.

Fotografia: Renato Mangolin

À criança, a imaginação permite enxergar no muro algo além da sua condição de divisão. Permite enxergá-lo como algo a ser atravessado, algo atrás do qual mora o desconhecido, a surpresa, um novo lugar a descobrir. A imaginação tem o poder de desafiar a realidade.

Fotografias: Renato Mangolin

Convidados pelo MAR (Museu de Arte do Rio) a criar uma arena para a programação pública de rodas, debates e performances durante o período da exposição “Quem não luta tá morto! Arte, Democracia e Utopia? nós nos propusemos a provocar os próprios limites do museu com o espaço público. Imaginamos um conjunto de arquibancadas e plataformas que transformasse o ato de ocupar os pilotis do MAR num gesto de atravessamento de muros e ativação do espaço público.

Fotografia: Daniela Paoliello

TransBorda age como um dispositivo poético para provocar a realidade e fazer um chamado à imaginação, pondo corpos de todas as formas e idades em movimento sobre pés e mãos para atravessar o muro de vidro do pilotis do Museu de Arte do Rio. À semelhança de coisas como escorrega, pula-pula e trepa-trepa, TransBorda é verbo conjugado na ação do presente tanto quanto no imperativo, uma convocação à ação: transborda! Levanta pontes e desfaz, mesmo que por um momento, os muros de vidro que aprendemos a aceitar.

Enquanto lutamos para derrubá-los, talvez só mesmo a leveza da imaginação das crianças nos permita suspender a gravidade dos muros que conformam nossa realidade.

Diagramas e uso e da proposta

A instalação funcionou entre setembro de 2018 e maio de 2019, e tornou-se uma atração amplamente apropriada pelas crianças do bairro e visitantes, sendo uma importante iniciativa dentro de um reposicionamento estratégico do museu na comunidade e na cidade, empreendido por sua nova direção, e que tem resultado em significativa ampliação de público. Acreditamos que projetos como esse, em que pesam a efemeridade provocativa da intervenção, a atenção ao espaço público como gesto artístico e o protagonismo dos encontros humanos sobre a forma arquitetônica per se, ajudam a ampliar o campo de pesquisa da arquitetura para além dos seus limites usuais.

Fotografias: Renato Mangolin


Sobre o projeto: Entrevista exclusiva para MDC.

por Antonio Pedro Coutinho (Doca)

MDC – Como você contextualiza essa obra no conjunto de toda a sua produção?

Doca – A instalação funcionou entre setembro de 2018 e maio de 2019, e tornou-se uma atração amplamente apropriada pelas crianças do bairro e visitantes, sendo uma importante iniciativa dentro de reposicionamento estratégico do museu na comunidade e na cidade, empreendido pela sua nova direção, o que resultou numa expressiva ampliação de público. Acreditamos que projetos como esse, em que pesam a efemeridade provocativa da intervenção, a atenção ao espaço público como gesto artístico e o protagonismo dos encontros sobre a forma arquitetônica per se, ajudam a ampliar o campo de pesquisa da arquitetura para além dos seus limites usuais. Este campo de ação e fricção na fronteira entre a rua e o equipamento cultural passou a ser, para nós, um objeto importante de pesquisa, justamente por permitir tensionar os limites aceitos entre as esferas pública e privada. A intervenção tornou-se, assim, dentro do conjunto das obras do Estúdio, uma comprovação da capacidade de intervenções efêmeras em gerarem provocações importantes na direção da qualificação do espaço público e da importância do papel de instituições culturais na proposição deste tipo de debate.

MDC – Como foi o mecanismo de contratação do projeto?

Doca – Tudo começou com uma provocação que fizemos ao museu sobre os limites do prédio com a cidade. O museu procurava ideias para se reposicionar e havia nos apresentado uma pesquisa com o público de bastante valor. De acordo com os questionário, a população do Rio de Janeiro, não sabia que aquele prédio era um museu, e muitos achavam inclusive que ali era a bilheteria do Museu do Amanhã, localizado do outro lado da praça. Com isso, ficou evidente pra nós a necessidade de trabalhar essa entrada, a arquitetura “agir?como um convite ao museu, mesmo que de maneira efêmera modificar a percepção desse equipamento público. Acabamos sendo contratados de forma direta para a intervenção.

MDC – Como foi a fase de concepção do projeto? Houve grandes inflexões conceituais? Você destacaria algum momento significativo do processo?

Doca – O projeto é o resultado de uma proposição provocativa que se dá a partir da convergência de inquietações inerentes ao comissionamento da obra. Primeiro, deveria servir como uma instalação efêmera com a finalidade de abrigar, como uma arena nos pilotis do museu, a programação pública de uma exposição dedicada à ideia de democracia na arte contemporânea. Este objetivo nos provocou a refletir sobre a ideia de espaço público como espaço de conflitos, isto é, a arena onde se dá o exercício da democracia. A isso somou-se uma observação crítica à arquitetura do museu que, ao requalificar um antigo edifício modernista, cercou seus pilotis com um muro de vidro, construindo uma barreira entre a rua e uma instituição que se pretende aberta. Finalmente, nossa provocação só foi possível graças a uma visão estratégica da diretoria da instituição à época, de que, para se reposicionar, o museu precisava provocar-se, renovar-se, oxigenar-se. Pela sua visibilidade e atração imediata para o público, especialmente as crianças moradoras da região, a instalação contribuiu para que o museu estreitasse os laços de pertencimento com sua comunidade e construísse novas referências institucionais para o grande público.

MDC – Nas etapas de desenvolvimento executivo e elaboração de projetos de engenharia houve participação ativa do autor?

Doca – O projeto foi todo conduzido por nós, desde a concepção estrutural, desenvolvida posteriormente em conjunto com o calculista, até a execução, feita por dois serralheiros/cenotécnicos.

MDC – Houveram variações de projeto decorrentes da interlocução com esses outros atores que modificaram as soluções originais? Se sim, pode comentar as mais importantes?

Doca – O projeto apesar de muito simples formalmente, envolveu uma série de instâncias de aprovações governamentais que de fato interferiram no processo, principalmente a Secretaria de Cultura por se tratar de um mobiliário urbano. O projeto de fato se colocava como um objeto tensionador onde a negociação com os órgãos públicos se fez necessária.

MDC – O autor do projeto teve participação no processo de construção/implementação da obra?

Doca – Tanto o processo de construção no galpão dos serralheiros quanto a implantação foram acompanhadas exaustivamente para que tudo corresse perfeitamente.

MDC – Você destacaria algum fato relevante da vida do edifício/espaço livre após a sua construção?

Doca – Lembro-me claramente de uma cena que jamais esquecerei desse projeto. Por se tratar de equipamentos muito semelhantes a brinquedos de pracinha, a instalação era frequentada exaustivamente por crianças da região. Certa vez um monitor do museu me informou que havia crianças brincando e perguntaram a elas o que era ali. Uma das crianças prontamente respondeu: “Aqui era um museu, agora é um parque?

De alguma maneira todo trabalho efêmero imprime no lugar alguma memória. Mesmo que em um curto espaço de tempo e memória, espero que tenha se tensionado a ideia de fronteira, principalmente pelo fato desse equipamento urbano que é o museu não ser considerado espaço de pertencimento para todos da cidade.

MDC – Se esse mesmo problema de projeto chegasse hoje a suas mãos, faria algo diferente?

Doca – Faria o escorrega menos inclinado. Ele de fato era uma experiência radical?rsrsrs

MDC – Como você contextualiza essa obra no panorama da arquitetura contemporânea do seu país?

Doca – A falta de projetos dos espaços urbanos públicos no Brasil acaba abrindo um espaço para intervenções temporárias como oportunidades de se pensar a cidade.


projeto executivo


EXECUTIVO COMPLETO

2 pranchas (pdf).
3,44mb


ficha técnica

Local: MAR (Museu de Arte do Rio), Praça Mauá, Rio de Janeiro, RJ
Ano de projeto: 2018
Arquitetura: Antonio Pedro Coutinho e Adriano Carneiro de Mendonça – Estúdio Chão


Comissionamento:
Eleonora Santa Rosa (Diretora Executiva do MAR, 2018-2019) – Museu de Arte do Rio (MAR)
Cálculo estrutural:
Limonge de Almeida
Serralheria ?módulos trepa-trepa: Dorival Dantas – Serralheria Conservolkis
Cordoaria: Carlos Eduardo Ribeiro do Nascimento (Indio)
Serralheria – módulos arquibancadas: João Luiz Sarti – Serralheria São Jorge


Fotos: Renato Mangolin e Daniela Paoliello
Contato: contato@estudiochao.com


Premiações:
2021 – Menção Honrosa no 8º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel


galeria


colaboração editorial

Renan Maia

deseja citar esse post?

COUTINHO, Antonio Pedro. MENDONÇA, Adriano Carneiro de. “TransBorda!”. MDC: Mínimo Denominador Comum, Belo Horizonte, s.n., fev-2024. Disponível em //www.28ers.com/2024/02/09/transborda. Acesso em: [incluir data do acesso].


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//28ers.com/2024/02/09/transborda/feed/ 0 15497
Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-2/ //28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-2/#respond Sun, 21 Jan 2024 15:05:49 +0000 //28ers.com/?p=14765 Continue lendo ]]> por Venta Arquitetos
7 minutos

Casa Elevada (texto fornecido pelos autores)

Implantação da Casa Elevada em relação à Casa Henrique Cunha

Concebido como um refúgio do arquiteto, procurou-se com este projeto, desde esta condição, realizar algumas experiências construtivas, com o objetivo de conciliar diferentes desejos: de reduzir o custo de obra; de preservar a topografia existente; de elevar a construção do solo; e por fim, estabelecer uma relação espacial singular entre o interior e o entorno imediato.

A área disponível para a construção compreende uma topografia que define uma espécie de recinto semifechado, contido por taludes preexistentes que formam uma concavidade aberta a leste. Sobre o eixo leste-oeste, no centro deste “recinto”, implanta-se a construção a 2,40 metros acima do nível de acesso ao terreno. Para isso, lança-se mão de uma estrutura mista: um par de fundações, colunas e vigas em concreto, constituindo uma base sobre a qual nasce um esqueleto leve em estrutura metálica, com perfis laminados e tubulares.

Fotografia: Federico Cairoli + Plantas: pilotis e pavimento elevado

Para a construção dos pisos utilizou-se chapas de painel compensado de madeira e pré-moldados de concreto. Internamente, os painéis compensados constituem caixas enrijecidas e bi-apoiadas, com vão livre de 1,60 metro.

Em relação à cobertura, um viga metálica em perfil “I” deitado constitui ao calha central e, ao mesmo tempo, tem por objetivo tensionar uma série de barras chatas em aço sobre as quais se apoiam as telhas termo-acústicas.

Fotografia: Federico Cairoli

As fachadas laterais, voltadas para o norte e para o sul, são integralmente em vidro mediadas por varandas e uma delicada tela em aço, de modo que o interior se abre para os taludes próximos recobertos por vegetação espontânea. O vidro aqui permite que a interioridade do refúgio se expanda até os taludes e a vegetação próxima, como a tomar posse deste espaço. Deste modo, há um envolvimento entre interior e exterior que de diversas maneiras é sentido na experiência cotidiana da casa.

Fotografias: Federico Cairoli + Cortes e Elevações


Sobre o projeto: Entrevista exclusiva para MDC.

por Gregório Rosenbusch (G.R.)

MDC – Como você contextualiza essa obra no conjunto de toda a sua produção?

G.R. – Este projeto iniciou-se em novembro de 2015, naquela altura, e após a experiência de projeto e acompanhamento de obra de duas casas geminadas (2012) e da casa Henrique Cunha (2014), ansiava por uma construção que realizasse a menor intervenção possível no terreno, com um mínimo trabalho de solo, é dizer, cortes, aterros e contenções, tanto pelo aspecto econômico, mas também pelo impacto na configuração local conforme encontrada e pelo sentido dramático com que muitas vezes estas operações de manejo de terra se dão.

Uma vez que o sítio de construção possui topografia de perfil inclinado e acidentado, a saída seria aderir a um partido de construção elevada, de modo a encontrar um espaço aéreo no qual o volume pudesse se desenvolver. Neste sentido, esta obra configura uma espécie de passagem entre uma construção afeita ao solo (casas geminadas), para uma semi-projetada ao espaço aéreo (casa Henrique Cunha), e uma liberação total, por assim dizer, do solo, na casa Elevada. Esta liberação não significa que a construção aérea não seja determinada, em certa medida, pelas contingências do solo sobre o qual paira, mas que deseja a maior autonomia possível em relação ao mesmo.

MDC – Como foi o mecanismo de contratação do projeto?

G.R. – Esta pequena casa foi feita para o próprio arquiteto.

MDC – Como foi a fase de concepção do projeto? Houve grandes inflexões conceituais? Você destacaria algum momento significativo do processo?

G.R. – O processo de projeto e de obra se deu de modo heterodoxo, já que com pouco desenvolvimento de projeto logo iniciamos a execução das fundações e dos fustes de colunas. Havia naquele momento uma ideia quiçá ingênua e romântica de que o projeto se faria com a obra ou na obra, em outras palavras, dentro do processo produtivo da arquitetura, com a experiência em canteiro contribuindo constantemente para a definição e atualização das decisões. Hoje compreendo que havia também uma grande ansiedade mesclada com um desejo de experimentação.

MDC – Nas etapas de desenvolvimento executivo e elaboração de projetos de engenharia houve participação ativa dos autores? Houve variações de projeto decorrentes da interlocução com esses outros atores que modificaram as soluções originais? Se sim, pode comentar as mais importantes?

G.R. – O processo de projeto contou com a interlocução com alguns profissionais. Como exemplo, no piso das varandas utilizamos painéis pré-moldados de concreto, usualmente fabricados para a execução de lajes recobertas com concreto. O que imaginamos foi inverter a posição do painel, de tal modo a ter a ferragem exposta da treliça voltada para baixo, a fim de objetivar um melhor aproveitamento do aço nos esforços de tração e assim dar conta de um vão de 1,60m. Na empresa local (Plainco) fabricante de painéis pré-moldados de concreto, foi possível realizar uma prova de carga, com a sobreposição de sacos de cimento empilhados um a um sobre um painel levemente suspenso do chão, apoiado em calços. A observação empírica surpreendeu, do ponto de vista da resistência do painel, o próprio engenheiro fabricante, que havia calculado as ferragens do painel para um propósito distinto daquele testado.

Em relação à montagem da gaiola metálica, foi necessário acompanhar o processo para entender a necessidade de reforços que surgiram de deformações não previstas, num processo de análise e interlocução muito próxima com a equipe de serralheria.

O piso interno, por sua vez, constituído por caixas enrijecidas de compensado, teve a sua resistência testada a partir de um primeiro protótipo na oficina de marcenaria. Suficientemente rígido, foi então reproduzido.

Em suma, houve uma rica interlocução especialmente com prestadores de serviços e alguns fornecedores.

MDC – Os autores dos projetos tiveram participação no processo de construção/implementação da obra? Se sim, quais os momentos decisivos dessa participação?

G.R. – Nesta obra realizamos toda a gestão e coordenação da obra, alguns momentos decisivos foram pontuados acima.

MDC – Você destacaria algum fato relevante da vida do edifício/espaço livre após a sua construção?

G.R. – Um fato relevante ocorreu logo após a conclusão da montagem da estrutura metálica, do piso e dos fechamentos, quando então constatamos um significativo movimento e balanço da estrutura, principalmente sob efeito de carga acidental, com o deslocamento dos corpos no espaço. Essa característica logo se tornou bem-vinda, animada pela ideia do habitat sujeito a uma condição de estabilidade delicada e da explicitação da elasticidade dos materiais.

MDC – Se esse mesmo problema de projeto chegasse hoje a suas mãos, faria algo diferente?

G.R. - A experiência com essa estrutura elástica logo se converteu na compreensão, a partir da observação empírica, da necessidade de travamentos diagonais para o contraventamento de estruturas metálicas, algo bastante óbvio e corrente no ensino da arquitetura. Hoje, em nossos projetos atuais, estamos muito interessados em conformar planos e volumes em aço o mais triangulados possíveis, no sentido de obter o menor peso em aço e maior resistência e estabilidade. 

MDC – Como você contextualiza essa obra no panorama da arquitetura contemporânea do seu país?

G.R. – A meu ver, esta obra reflete, especialmente nos pilotis, uma admiração e interesse pelo trabalho de Angelo Bucci, no que diz respeito a estruturas centrais (clínica de psicologia e casa em Carapicuíba). De outro lado, há também na articulação dos pilotis com a estrutura em aço o resultado de uma observação das estrutura de viadutos de vias expressas e estradas de rodagem. Mas fundamentalmente penso que esta obra se situa no conjunto de trabalhos de uma geração baseada no Rio de Janeiro e que, de algum modo, passou pelos ateliês ou pelos escritórios de Diego Portas e Carla Juaçaba.


projeto executivo


EXECUTIVO

3 pranchas (pdf).
591kb


MOBILIÁRIO

3 pranchas (pdf).
118kb


ficha técnica do projeto

Local: Petrópolis, RJ
Ano de projeto: 2016
Ano de execução e conclusão da obra: 2017
Área: 60 m²
Autor: Gregório Rosenbuch
Responsável pela obra: Gregório Rosenbuch

Arquitetura: Venta Arquitetos
Estrutura: Ricardo Barelli (Teto Engenharia)
Estrutura metálica: Joafer Serralheria (José Antônio)
Compensado: Antônio Schneider

Fotos: Federico Cairoli
Ilustrações: Nicolás Castagnola
Contato: contato@venta.28ers.com


galeria


colaboração editorial

Isabela Gomide

deseja citar esse post?

ROSENBUSCH, Gregório. “Casa Elevada”. MDC: Mínimo Denominador Comum, Belo Horizonte, s.n., jan2024. Disponível em //www.28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-2/. Acesso em: [incluir data do acesso].


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//28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-2/feed/ 0 14765
Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-1/ //28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-1/#respond Sun, 21 Jan 2024 15:05:15 +0000 //28ers.com/?p=14888 Continue lendo ]]> por Venta Arquitetos
7 minutos

Casa Henrique Cunha (texto fornecido pelos autores)

Implantação da Casa Henrique Cunha em relação à Casa Elevada

Esta residência está situada em um lote localizado na rua Dr. Henrique Cunha, em um bairro residencial a 5km do centro de Petrópolis. Este trecho da rua é em aclive na direção norte-sul e é ladeado por um amplo terreno arborizado a leste. Do outro lado, a oeste, está o lote em questão, que faz parte de um loteamento com frações estreitas e profundas (16X400m), se estendendo até a vertente do morro, em acentuado aclive.

Fotografia:  Federico Cairoli

A implantação tem como princípio organizar a maior parte do programa, aquilo que atende integralmente às necessidades cotidianas de um casal, em cota elevada em relação à rua, para receber a incidência direta de luz natural, especialmente na parte da manhã. Para isso, é necessário estar o mais elevado possível em relação às copas das árvores a leste.

O acesso à cota de implantação do pavimento principal é feito por meio de uma rua interna e desde a garagem é possível entrar na casa, uma construção alongada implantada a 14 metros acima do nível de entrada ao terreno.

Fotografia: Federico Cairoli + Planta

Uma vez que esta construção avança em direção à rua, ela se projeta sobre a topografia, que desce conforme o perfil natural. Neste trecho elevado, o pavimento principal foi construído em estrutura metálica e apoia-se sobre quatro colunas em concreto armado que, diante da necessidade de travamentos horizontais, definem uma grade espacial que acolhe dois pavimentos inferiores. O primeiro abriga um programa complementar para hóspedes, e o segundo configura-se como uma espécie de “terreno aéreo”, que consiste numa laje à espera de futura expansão.

Fotografias: Federico Cairoli + Corte e Elevações


Sobre o projeto: Entrevista exclusiva para MDC.

por Laura Rosenbusch (L.R.) e Gregório Rosenbusch (G.R.)

MDC – Como você contextualiza essa obra no conjunto de toda a sua produção?

L.R / G.R. – Este projeto, iniciado em 2013, foi o segundo projeto realizado por nós (o primeiro foi um conjunto de duas casas geminadas), desse modo, foi muito importante para o inicio de nossa carreira enquanto oportunidade de ter contato com as diferentes etapas do projeto e principalmente com o processo de sua construção.

MDC – Como foi o mecanismo de contratação do projeto?

L.R / G.R. – Esta casa foi projetada para nossos pais (já que somos irmãos e sócios).

MDC – Como foi a fase de concepção do projeto? Houve grandes inflexões conceituais? Você destacaria algum momento significativo do processo?

L.R / G.R. – O processo de projeto se deu de forma a integrar certas convicções nossas como recém-formados, principalmente de obter uma estética resultante das demandas de projeto, com os desejos dos clientes, por exemplo a vontade de seguir uma estética mais comumente encontrada nas casas da região (a casa se situa em Petrópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro) e da ideia tradicional de casa. Este foi um debate constante durante o processo. Porém, os clientes, sempre muito envolvidos tanto no processo de projeto quanto de obra, foram compreendendo o motivo de cada decisão, estas que não se restringiam apenas a questões meramente estéticas mas que buscavam abarcar uma série de contingências tanto econômicas, como funcionais e ambientais (a relação com o terreno, com o entorno, com o clima). Ao final buscou-se chegar a pontos de convergência.

Assim, foram definidos alguns princípios que conduziram as decisões formais: a elevação do volume principal da casa para que o sol pudesse chegar ao interior da casa (que está implantado em uma cota a 14 metros de altura em relação a rua); a integração do programa principal em um único pavimento, de modo a evitar escadas no uso cotidiano da casa; além de uma vontade, nesse caso mais estética, de construir uma casa com cobertura em laje plana.

MDC – Nas etapas de desenvolvimento executivo e elaboração de projetos de engenharia houve participação ativa dos autores? Houve variações de projeto decorrentes da interlocução com esses outros atores que modificaram as soluções originais? Se sim, pode comentar as mais importantes?

L.R / G.R. – Este foi nosso primeiro projeto em colaboração com o engenheiro Ricardo Barelli e equipe e pontuaria ao menos dois aspectos que consideramos relevantes. O primeiro deles diz respeito a um vão de 9,00m que a laje de piso do pavimento principal vence, na passagem do trecho apoiado sobre o terreno para o trecho elevado. Desejávamos resolver este vão com 35cm de altura de viga invertida em concreto, incluindo a espessura de laje (12cm). Para isso, trabalhamos o conceito de colaboração entre viga invertida e laje, distribuindo os esforços de tração nas ferragens da laje. O segundo aspecto trata do contraventamento da sequência de pórticos em aço que sustentam a cobertura. Esta demanda por contraventamento nos indicou a possibilidade de alternar vãos em alvenaria e vãos com abertura, de tal modo que todas as colunas se encontram associadas aos painéis de alvenaria e assim contraventadas pelos mesmos, resultando numa solução que associa demandas estruturais com uma determinada relação entre interior e exterior, neste caso de enquadramento da paisagem, e de ritmo de fachada.

MDC – Os autores dos projetos tiveram participação no processo de construção/implementação da obra? Se sim, quais os momentos decisivos dessa participação?

L.R / G.R. – Esta obra foi dirigida por nós, que ficamos responsáveis por todas as contratações e acompanhamento técnico do dia-a-dia dos trabalhos. Um momento decisivo se deu logo ao princípio, quando terminada a terraplenagem e nos encontramos com um maciço rochoso imprevisto, uma rocha muito bonita, mas que nos exigiu uma total redefinição do espaço de garagem. Por outro lado, surgiu a oportunidade de explorar a visibilidade desta pedra, sendo então alterada a fachada onde se encontra a copa, finalmente com uma grande abertura orientada para a pedra. Nesta situação foi possível compreender esta instância de atualização do projeto em obra como forma de melhor relacionar o mesmo a seu contexto de implantação, que de certo modo se revela com a própria construção.

MDC – Você destacaria algum fato relevante da vida do edifício/espaço livre após a sua construção?

L.R. / G.R. – O volume principal da casa apoia-se sobre quatro colunas em concreto armado situadas no trecho do terreno em declive, com aproximadamente 14m de comprimento e seção de 25 x 25 cm. Diante da necessidade de travamentos horizontais para obter esta seção, definiu-se uma grade espacial que acolhe dois pavimentos inferiores. O primeiro abriga um programa complementar para hóspedes, o segundo configura-se como uma espécie de reserva de terreno, ou como nos habituamos a chamar, um “terreno aéreo”, que consiste numa laje à espera de futura expansão.

Esta laje ficou por quase 10 anos vazia, sem uso definido, acabamos de realizar o projeto de fechamento deste espaço que abrigará um pequeno apartamento (um espaço único com copa, sala e quarto, além de um banheiro), com entrada independente que será usado para hóspedes.

MDC – Se esse mesmo problema de projeto chegasse hoje a suas mãos, faria algo diferente?

L.R. / G.R. – Acredito que hoje elaboraríamos de modo distinto, entre outras razões porque este projeto se realizou num momento muito inicial de nossas carreiras. Nos faltou naquela instância, e em outras também, um processo mais linear de desenvolvimento de projeto, que neste caso passou por muitos giros, de tal modo que somente a obra colocava fim nas nossas investigações projetuais, o que de certo modo atropelava o processo.

MDC – Como você contextualiza essa obra no panorama da arquitetura contemporânea do seu país?

L.R. / G.R. – Naquele momento nos interessávamos muito por algumas casas do Brasil Arquitetura, casas com muros rebocados, esquadrias de madeira, beirais esbeltos em concreto armado, enfim, com um arranjo que concilia certa cotidianidade nos elementos construtivos e, ao mesmo tempo, uma espacialidade e uma linguagem modernas. De algum modo procuramos nesta ocasião nos aproximar deste tipo de arquitetura, já que nos parecia palpável (mas não era, já que estas casas mencionadas são muito sofisticadas, produtos de uma arquitetura extremamente madura).


projeto executivo


EXECUTIVO

2 pranchas (pdf).
482kb


ficha técnica – casa henrique cunha

Local: Petrópolis, RJ
Ano de projeto: 2013
Ano de execução e conclusão da obra: 2014
Área: 210 m²
Autor: Gregório Rosenbuch e Laura Rosenbusch
Responsável pela obra: Gregório Rosenbuch

Arquitetura: Venta Arquitetos
Estrutura: Ricardo Barelli (Teto Engenharia)
Sondagem: Sondestaq
Esquadrias de madeira: Advaldo Móveis Planejados

Fotos: Federico Cairoli
Contato: contato@venta.28ers.com


galeria casa henrique cunha


colaboração editorial

Isabela Gomide

deseja citar esse post?

ROSENBUSCH, Gregório. ROSENBUSCH, Laura. “Casa Henrique Cunha e Casa Elevada”. MDC: Mínimo Denominador Comum, Belo Horizonte, s.n., jan-2024. Disponível em //www.28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-1/. Acesso em: [incluir data do acesso].


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//28ers.com/2024/01/21/casa-henrique-cunha-e-casa-elevada-parte-1/feed/ 0 14888
Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2023/09/06/abrigo-alto-abrigo-baixo-e-pavilhao/ //28ers.com/2023/09/06/abrigo-alto-abrigo-baixo-e-pavilhao/#respond Wed, 06 Sep 2023 14:55:37 +0000 //28ers.com/?p=12776 Continue lendo ]]> Por Gru.a
8 minutos

Abrigos do Vale (texto fornecido pelos autores)

Os Abrigos do Vale fazem parte de um conjunto de 3 edificações projetadas para um sítio no Vale das Videiras, região serrana do Rio de Janeiro: “Pavilhão?(primeiro a ser construído, em 2016), “Abrigo Alto?e “Abrigo Baixo?projetados em 2019 e finalizados em 2022. Cada um, com 30m2 de área interna, tem espaço reservado para dormir – fechado por uma leve cortina -, uma sala ligada a um deck frontal, uma pequena copa e um banheiro completo.

Pavilhão, Abrigo Alto e Abrigo Baixo, respectivamente.
Fotografias: Rafael Salim e Federico Cairoli (Pavilhão) / Rafael Salim (Abrigos)

Os Abrigos do Vale seguem o mesmo sistema construtivo e módulos espaciais: vãos de 3m e 5m com apoios que variam de pilares em madeira a muros de alvenaria cerâmica. O vigamento de madeira maciça sustenta a cobertura em painéis de telha trapezoidal termoacústica, que se debruçam formando beirais de até 1,75m.

Fotografia: Rafael Salim

Nos ambientes mais controlados (quarto e banheiros) uma fina laje em concreto armado funciona como forro, criando uma dupla camada de isolamento em relação ao exterior.

Abrigo Alto: Planta de piso inferior, térreo e cobertura + cortes

Abrigo Baixo: Planta de piso inferior, térreo e cobertura + cortes

No trecho que se debruça sobre a vista do vale, o “Abrigo Baixo?tem como fechamento um pano de painéis em compensado sarrafeado que se abre em duas alturas diferentes, remetendo ao sistema tradicional de portas de fazenda. Enquanto o “Abrigo Alto?tem como fechamento um pano de vidro em toda sua extensão, que, somado ao fechamento superior, conforma uma caixa translúcida e reflexiva.

Fechamentos Abrigo Baixo e Alto, respectivamente
Fotografias: Rafael Salim

Pavilhão das Videiras

O projeto para o pavilhão anexo a uma residência no Vale das Videiras, Rio de Janeiro, parte da premissa de disponibilizar um espaço aberto e, ao mesmo tempo, protegido do forte sol e chuva que incidem sobre a região. Localizada num platô pré-existente, a edificação foi pensada em função de sua relação com a casa situada no terreno, ativando o espaço intermediário entre as duas edificações.

Implantação

O grande plano de cobertura se inclina suavemente em direção ao vale, trazendo para o espaço interior a presença da encosta que se ergue paralelamente à nova construção.

Fotografia: Rafael Salim e Federico Cairoli

Abaixo da grande cobertura foram projetados uma cozinha, associada a um espaço para refeições, uma sauna e um espaço de 30m² de área coberta em que o solo vegetal se manteve intacto.

Pavilhão: Planta + corte

A associação de diferentes sistemas estruturais se dá de maneira a explorar as características de cada um deles: fundações em concreto moldado in-loco, pilares e vigas em madeira maciça, muros em alvenaria estrutural e lajotas em concreto pré-fabricado e ligações em aço.

Fotografia: Rafael Salim e Federico Cairoli


Sobre o projeto: Entrevista exclusiva para MDC.

por Pedro Varella (P.V.) e Caio Calafate (C.C.)

MDC – Como vocês contextualizam essa obra no conjunto de toda a sua produção?

P.V. / C.C. – As obras que estamos apresentando nesta publicação têm um lugar importante no conjunto da nossa obra, pois atravessam seis anos da produção do escritório. O Pavilhão e os Abrigos do Vale da Videiras foram construídos dentro de um mesmo sítio, entre 2016 e 2022, um arco de tempo bastante amplo. Antes deles, algumas questões já vinham sendo exploradas em obras que acabaram não sendo construídas, e, por sua vez, a sua realização vem mobilizando temas que tocam as obras que as sucederam, inclusive dentro do próprio sítio, como a Academia, já construída, e a Lavanderia, em obras.

O Pavilhão, primeira obra realizada dentre as três, foi uma espécie de exercício inaugural tectônico/construtivo de todo o conjunto, e, porque não, da produção de pequenas arquiteturas desenhadas no escritório. Nesta obra, a primeira que arrancamos do chão ao teto, pudemos operar algumas ideias que já vínhamos debatendo no escritório desde sua fundação, em 2013, como a relação da arquitetura com o solo, as questões relacionadas aos encaixes dos diferentes materiais, a serialidade/modularidade, a poética das coberturas e sua relação com o céu e, no limite, com o cosmos. Nos abrigos, que vieram cerca de dois/três anos depois, demos continuidade a essas pesquisas, adicionando outras temáticas que se impuseram pelas contingências geográficas/topográficas do trecho do sítio onde vieram a se implantar, e também pelo programa (abrigo), que exigiu a criação do hermetismo demandado pelo uso, condição distinta daquela exigida pelo Pavilhão. Assim sendo, o problema das vedações se impôs como uma novidade. No caso do Abrigo Alto, assim chamado por situar-se no trecho alto do terreno, desenhamos (como mediação com a paisagem) uma caixa de vidro que permite ampliar as visuais em direção ao horizonte. No caso do Abrigo Baixo, situado no trecho baixo do terreno, mais próximo à estrada de acesso, projetamos as fenestrações frontais com lâminas de compensado, guardando privacidade ao mesmo.

MDC – Como foi o mecanismo de contratação do projeto?

P.V. / C.C. – Estas obras tiveram contratação direta por cliente particular.

MDC – Como foi a fase de concepção do projeto? Houve grandes inflexões conceituais? Vocês destacariam algum momento significativo do processo?

P.V. / C.C. – Um dado particular deste projeto foi o trabalho de investigação das tecnologias construtivas tradicionais e passíveis de construção com equipe locais, de onde a utilização das fundações e lajes em concreto armado e o trabalho de alvenaria estrutural se apresentaram como boas opções. Junto a isso, trouxemos repertórios não tão convencionais na área, embora razoavelmente simples do ponto de vista executivo, como o telhado em telha termoacústica e junções metálicas. A concepção das três obras obedeceu a premissas que propusemos ao cliente, que desde o início, aprovou as escolhas. Em todas as três obras dedicamos muito tempo preliminar em visitas de observação e exploração das questões geográficas do terreno, algo que vemos como fundamental não apenas nestas, mas em todas as demais obras da nossa produção.

MDC – Nas etapas de desenvolvimento executivo e elaboração de projetos de engenharia houve participação ativa dos autores? Houve variações de projeto decorrentes da interlocução com esses outros atores que modificaram as soluções originais? Se sim, podem comentar as mais importantes?

P.V. / C.C. – Tivemos sempre um diálogo profícuo tanto com os projetistas de engenharia quanto com a equipe de obra. As três obras são relativamente simples do ponto de vista construtivo e programático, o que indica um processo com participação de poucos projetistas. Além dos arquitetos da nossa equipe, tivemos apenas a participação de um engenheiro calculista, o que foi essencial para que chegássemos a um bom dimensionamento das peças estruturais. No caso dos abrigos, o diálogo com os construtores locais – prévio ao desenvolvimento dos projetos – foi fundamental para que fossem elaboradas soluções condizentes com sua cultura construtiva.

MDC – Os autores dos projetos tiveram participação no processo de construção/implementação da obra?

P.V. / C.C. – Como a obra foi construída em local distante, fora da cidade em que atuamos, o trabalho exigiu comunicação intensa e atenta com o construtor, tanto nas fases preliminares quanto nos acabamentos finais. Foram realizadas visitas pontuais ao canteiro de obras. Esses momentos foram essenciais para a adequação de detalhes construtivos às possibilidades dos fornecedores. Isso se deu de forma mais intensa com os elementos fabricados em serralheria e marcenaria. 

MDC – Vocês destacariam algum fato relevante da vida do edifício/espaço livre após a sua construção?

P.V. / C.C. – Sim. Tem algo bonito que já se apresenta no Pavilhão. Uma vegetação toma hoje os pilares de madeira, ensejando algum entrosamento entre a construção e os elementos naturais.

MDC – Se esse mesmo problema de projeto chegasse hoje a suas mãos, fariam algo diferente?

P.V. / C.C. – Certamente. A despeito de gostarmos muito das obras, em todos os casos teríamos considerações a fazer, seja pelo simples desejo de fazer diferente, pela necessidade de antecipar problemas não previstos, mas, sobretudo, para dedicar mais tempo ao desenvolvimento de detalhes que gostaríamos de aperfeiçoar.

MDC – Como vocês contextualizam essa obra no panorama da arquitetura contemporânea do seu país?

P.V. / C.C. – Vemos como uma pequena contribuição a pesquisa e produção de arquitetas e arquitetos cuja obra admiramos e esperamos poder dialogar.


projeto executivo

PARTE 1:
ABRIGO ALTO

11 pranchas (pdf).
1,51mb

PARTE 2:
ABRIGO BAIXO

13 pranchas (pdf).
1,79mb

PARTE 3:
PAVILHÃO

9 pranchas (pdf).
1,07mb


ficha técnica – Abrigo Baixo e Abrigo Alto

Local: Vale das Videiras, Rio de Janeiro ?RJ
Ano de projeto: 2019
Ano de conclusão: 2022
Autores: Pedro Varella, Caio Calafate, André Cavendish, Ingrid Colares, Antonio Machado
Área construída: 70m²


Cálculo estrutural:
Rodrigo Affonso
Projeto de Iluminação:
Maneco Quinderé
Construção: Alexandre M.

Fotos: Rafael Salim

ficha técnica – Pavilhão Videiras

Local: Vale das Videiras, Rio de Janeiro ?RJ
Ano de projeto e conclusão: 2016
Autores: Pedro Varella, Caio Calafate, Sergio Garcia-Gasco, André Cavendish
Área construída: 150m²


Cálculo estrutural:
Rodrigo Affonso
Projeto de Iluminação:
Maneco Quinderé
Construção: Aleandro Souza da Silva

Fotos: Federico Cairoli e Rafael Salim
Fotos de obra: Gru.a
Contato: info@gruaarquitetos.com


galeria


colaboração editorial

Renan Maia

deseja citar esse post?

VARELLA, Pedro. CALAFATE, Caio. CAVENDISH, André. COLARES, Ingrid. MACHADO, Antonio. GARCIA-GASCO, Sergio. “Abrigo Alto, Abrigo Baixo e Pavilhão”. MDC: Mínimo Denominador Comum, Belo Horizonte, s.n., set-2023. Disponível em //www.28ers.com/2023/09/06/abrigo-alto-abrigo-baixo-e-pavilhao. Acesso em: [incluir data do acesso].


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//28ers.com/2023/09/06/abrigo-alto-abrigo-baixo-e-pavilhao/feed/ 0 12776
Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2009/10/04/concurso-nacional-%e2%80%93-arquitetura-e-urbanizacao-do-complexo-hotel-paineiras-%e2%80%93-rio-de-janeiro-%e2%80%93-rj-resultado/ //28ers.com/2009/10/04/concurso-nacional-%e2%80%93-arquitetura-e-urbanizacao-do-complexo-hotel-paineiras-%e2%80%93-rio-de-janeiro-%e2%80%93-rj-resultado/#respond Mon, 05 Oct 2009 01:55:06 +0000 //28ers.com/?p=3571 Continue lendo ]]>

concurso-hotelpaineirasConcurso é vencido por equipe paulista

Em junho anunciamos o Concurso para a seleção de Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização para o  Complexo ?Hotel Paineiras.  Trata-se de um complexo com cerca de 14.100,00 m² , que abrigará a Estação de Transferência, o Centro de Convenções e o Hotel, situado no Parque Nacional da Tijuca, Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro. O concurso foi promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) / Ministério do Meio Ambiente e organizado pelo IAB-RJ. O concurso foi coordenado pelo arquiteto Fernando Antonio Sola de Alencar e os membros da Comissão Julgadora foram os arquitetos Luiz Fernando Donadio Janot, Gustavo Rocha-Peixoto, César Dorfman, Bruno Ferraz e Mônica Di Masi. Veja aqui a ata dos trabalhos da comissão julgadora.

Apresentamos a seguir os projetos premiados e menções.

(clique nos links e imagens para mais informações sobre cada projeto)

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1º Lugar:  Estudio América ?Carlos Garcia, Guilherme Lemke Motta, Lucas Fehr, Marcus Vinicius Damon, Mario Figueroa  (SP)


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2º Lugar: Cesar Shundi Iwamizu (SP) e equipe


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3º Lugar: Bruno Conde Basso e Filipe Gebrim Doria (SP)


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Menção ?João Pedro Backheuser (RJ) e equipe

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Menção ?Alexandre Hepner, Denis Cossia, João Paulo Payar, Rafael Brych e Ricardo Gonçalves (SP)

Perspectiva geral do conjunto

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Menção ?Marcelo Souza Leão, Celso Vinícius Sales, Alba Raquel, Edílson Tavares (PE)

Vista Geral do Complexo

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Fonte: IAB-RJ.

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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//28ers.com/2009/10/04/concurso-nacional-%e2%80%93-arquitetura-e-urbanizacao-do-complexo-hotel-paineiras-%e2%80%93-rio-de-janeiro-%e2%80%93-rj-resultado/feed/ 0 3571
Rio de Janeiro – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //28ers.com/2009/06/27/concurso-nacional-arquitetura-e-urbanizacao-do-complexo-hotel-paineiras-rio-de-janeiro-rj/ //28ers.com/2009/06/27/concurso-nacional-arquitetura-e-urbanizacao-do-complexo-hotel-paineiras-rio-de-janeiro-rj/#comments Sat, 27 Jun 2009 04:07:49 +0000 //28ers.com/?p=3050 Continue lendo ]]>

concurso-hotelpaineirasInscrições até 06.08.2009
Entrega dos trabalhos até: 31.08.2009

CONCURSO DE ARQUITETURA E URBANIZAÇÃO DO COMPLEXO ?HOTEL PAINEIRAS

Objeto: Seleção de Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização, para o conjunto denominado Complexo ?Hotel Paineiras ?com cerca de 14.100,00 m² (quatorze mil e cem metros quadrados), que abrigará a Estação de Transferência; o Centro de Convenções e Hotel como itens do Programa do Complexo ?Hotel Paineiras no Parque Nacional da Tijuca, Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro ?RJ ?Brasil.

Local: Rio de Janeiro ?RJ

Tipo de Concurso: nacional, etapa única

Promotor: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) / Ministério do Meio Ambiente

Organizador: IAB-RJ

Quem pode participar: profissionais (arquitetos e urbanistas)

Cronograma:

Lançamento do edital: 22.jun.2009

Inscrições ?22.jun a 06.ago.2009
Entrega dos trabalhos  ?até 24.ago.2009
Resultado ?31.ago.2009

Prêmios:

1º Colocado: R$ 20.000,00 (vinte mil Reais)

2º Colocado: R$ 15.000,00 (quinze mil Reais)

3º Colocado: R$ 10.000,00 (dez mil Reais)

Custo estimado da obra: R$ 14.000.000,00

O valor do contrato entre o vencedor do Concurso e a PROMOTORA para o desenvolvimento do Projeto Executivo e Coordenação dos Projetos Executivos Complementares será de R$ 543.000,00 (quinhentos e quarenta e três mil reais) ?item 11.5.1 do Edital.

Para maiores informações acesse aqui a página oficial do concurso.

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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